A Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp) informou hoje (29) que arrecadou R$ 64,1 milhões em abril com as multas para quem aumentou o consumo de água.
O valor é 91% maior do que os R$ 33,6 milhões que a Sabesp deixou de receber ao oferecer bônus aos que reduziram o uso de água no período. O valor das penalidades aplicadas em abril foi o maior desde que o programa foi implantado.
De janeiro a abril, a Sabesp arrecadou R$ 224,7 milhões com a aplicação da taxação extra para os clientes que registraram aumento de consumo. Enquanto isso, foram destinados R$ 187,4 milhões para custear os descontos na conta de água daqueles que reduziram o uso.
Em abril do ano passado, a empresa recebeu R$ 44,6 milhões em multas aplicadas aos aumentaram o consumo de água. Naquele mês, os descontos em benefício dos que gastaram menos representaram redução R$ 77,5 milhões no faturamento da Sabesp. No balanço final do ano, foram arrecadados R$ 499,7 milhões com as multas. Os descontos representaram perda de faturamento de R$ 926,1 milhões.
Em fevereiro deste ano, a Sabesp passou a conceder o bônus na conta de água com base em novas regras. O sistema concede descontos escalonados dependendo do percentual de redução do consumo conseguido pelo cliente. Com as novas normas, os consumidores passaram a ter que fazer reduções maiores para se enquadrar nas faixas de bônus.
O sistema de bônus e multas valeu somente até abril. As medições de maio consideram somente as tarifas usuais para todos os clientes. O programa havia sido implantado em fevereiro de 2014 como parte das medidas para conter a crise hídrica que afetou o estado e deixou os reservatórios em níveis alarmantes.
A partir de maio também passou a valer um reajuste de 8,45% nas tarifas dos municípios atendidos pela companhia.