segunda, 25 de novembro de 2024
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Rosberg mantém grande fase e crava pole do GP da China

Definitivamente, a sorte está mesmo ao lado de Nico Rosberg em 2016. Além de ver o rival Lewis Hamilton começar o fim de semana do GP da China já sabendo…

Definitivamente, a sorte está mesmo ao lado de Nico Rosberg em 2016. Além de ver o rival Lewis Hamilton começar o fim de semana do GP da China já sabendo que teria de sofrer uma punição — perda de cinco posições no grid — em razão de uma troca no sistema de câmbio, o líder da temporada passou a ter o rival mais longe ainda por conta de problemas no motor do carro #44 no Q1. O tricampeão vai largar em último lugar e, no outro extremo, Rosberg não teve dificuldades para manter a supremacia da Mercedes e garantir a pole-position, a sua primeira em 2016 e a 23ª da carreira, superando Fernando Alonso na estatística.

Hamilton não era eliminado já no Q1 desde o GP da Hungria de 2014. Na ocasião, Lewis também sofreu com problemas no motor em Hungaroring, mas ainda assim terminou a corrida em terceiro, enquanto Rosberg, pole naquela prova, abandonou.

A Ferrari até chegou a assustar a Mercedes no Q3, quando Kimi Räikkönen chegou a fazer marca melhor que a de Rosberg. Mas, no desfecho da classificação, Nico cravou 1min35s402, não deixou pedra sobre pedra e enfiou 0s5 no resto. Daniel Ricciardo surpreendeu a dupla da Ferrari ao colocar a Red Bull na primeira fila, enquanto Kimi e Sebastian Vettel vão se posicionar logo atrás. Valtteri Bottas fecha o rol dos cinco primeiros de uma sessão classificatória muito mais empolgante com a volta do formato antigo.

Os brasileiros levaram azar no fim do Q2. Nico Hülkenberg era o décimo colocado na segunda parte da sessão, quando teve um problema com a roda dianteira esquerda do seu Force India, que se soltou. A direção de prova acionou a bandeira vermelha para remover seu carro e acabou por arruinar as chances de Felipe Massa e Felipe Nasr, que foram eliminados nesta fase junto com a dupla da McLaren. Massa parte em 11º no grid em Xangai, cinco posições à frente do xará e piloto da Sauber.

Q1: batida de Wehrlein, trapalhada dos fiscais e novo azar de Hamilton

O temporal que havia dado as caras com força no começo do terceiro treino livre, neste sábado, foi embora antes da sessão classificatória, deixando a pista praticamente seca, com exceção de um trecho na reta dos boxes. No entanto, pilotos como Lewis Hamilton chegaram a deixar os boxes com os pneus intermediários, mas não havia mesmo necessidade. Tanto que os dois carros da Manor começaram a acelerar usando os pneus supermacios no Q1.

E foi justamente neste trecho que Pascal Wehrlein aquaplanou, acabou perdendo o controle do seu Manor e bateu no guard-rail na reta dos boxes, parando seu carro em seguida, pouco mais à frente.

Assim, mesmo com a abolição do formato de dança das cadeiras, o talentoso alemão era o primeiro eliminado do Q1 e estava fora do treino classificatório. A direção de prova acionou a bandeira vermelha com 14 minutos para o fim da primeira parte da sessão. Foram bons minutos em que os fiscais de pista buscaram secar os trechos ainda bastante molhados da reta dos boxes.

Às 15h25 locais, a sessõ foi retomada em Xangai, finalmente, sem que os trechos molhados estivessem totalmente secos. Na verdade, pouco havia mudado naqueles setores da reta dos boxes. De imediato, os pilotos deixaram os boxes usando pneus supermacios, liderados por Esteban Gutiérrez, na pista em busca de recuperação após um início difícil de temporada. O mexicano foi o primeiro a anotar tmpo no Q1 e cravou 1min40s262.

Em seguida, Jenson Button tomou a ponta com 1min38s328, sendo seguido por Fernando Alonso, 0s127 atrás. Logo, as marcas começariam a cair com a presença dos carros mais competitivos do grid, mas com Button à frente. E o britânico reclamou, de forma correta, de um carro de serviço estacionado próximo à entrada dos boxes para os pilotos, num ponto bastante perigoso.

Alheio aos problemas extra-pista, Rosberg anotou 1min37s669 e se colocou em primeiro. Mas a marca de Nico não era boa o bastante, com Kimi Räikkönen assumindo a ponta por alguns segundos, mas sendo superado depois por Sebastian Vettel, que anotou 1min37s001, com Valtteri Bottas em terceiro. Enquanto isso, Hamilton mostrava ter problemas na sua unidade de potência, informação confirmada pela Mercedes, e vinha muito lento na pista, perdendo muito desempenho.

Pouco depois, Lewis acabou saindo do seu carro e encerrou sua participação na sessão. Por conta da punição sofrida (perda de cinco posições no grid por troca de motor), Hamilton vai largar em último, atrás até mesmo de Wehrlein. Felipe Nasr, com 1min38s654, conseguiu escapar da degola no Q1 assim como seu companheiro de Sauber, Marcus Ericsson. Enre os eliminados na primeira fase ficaram, além de Hamilton e Wehrlein, Rio Haryanto, Jolyon Palmer, Gutiérrez e Kevin Magnussen. Má fase da Renault e a Sauber como surpresa ao avançar para o Q2.

Q2: bandeira vermelha arruína chances de Massa ir à fase final da classificação

Nasr foi o primeiro a deixar os boxes para acelerar e buscar tempos no Q2, mas foi Nico Rosberg o protagonista no começo da sessão. Sem a presença dos carros da Ferrari, o alemão, usando pneus macios, anotou 1min36s240 para se colocar na ponta do treino. Em seguida, na metade da segunda parte da sessão, aparecia a dupla da Red Bull, com Daniel Ricciardo vindo em segundo e Daniil Kvyat em terceiro. Pérez vinha em quarto, num bom rendimento da Force India, à frente dos carros da Force India de Carlos Sainz e Max Verstappen.

Aí a Ferrari foi à pista finalmente no Q2, levando seus dois pilotos para voltas rápidas com pneus supermacios. Aí, Räikkönen e Vettel não tiveram dificuldades em levar a escuderia de Maranello à ponta da tabela de tempos. Kimi anotou 1min36s118, sendo 0s065 melhor que seu companheiro de equipe. Mas a diferença do tempo de Räikkönen, com supermacios, para o de Rosberg, com macios, era muito pequena, só 0s122, indicando o quanto a Mercedes estava mesmo forte na briga pela pole.

Quando faltavam apenas 90 segundos para o fim da sessão, a roda dianteira esquerda do carro de Nico Hülkenberg, que vinha em décimo lugar no Q2, se soltou pouco antes da curva 11. A direção de prova novamente acionou a bandeira vermelha e, em consequência disso, os pilotos praticamente não tiveram chance de melhorar seus tempos. Prejuízo total para os brasileiros Nasr e Massa, que foram eliminados nesta fase, assim como Fernando Alonso — que se desesperou com a bandeira vermelha em sua volta rápida —, Jenson Button, Romain Grosjean e Marcus Ericsson.

Q3: Rosberg confirma favoritismo, mantém fase dourada e crava pole em Xangai

Rosberg entrava na pista no Q3 como grande favorito à pole. Além do alemão, estavam em ação no Q3 as Red Bull de Ricciardo e Kvyat, a Force India de Pérez, as Ferrari de Vettel e Räikkönen, a Williams de Bottas e as Toro Rosso de Max Verstappen e Carlos Sainz.

Logo de cara, Rosberg partiu para o ataque e, calçado com pneus supermacios novos, foi para sua tentativa de volta rápida e anotou 1min36s111. Antes, Pérez havia cravado 1min37s958, mas quase fez como Wehrlein e escorregou no trecho molhado na reta dos boxes, mas conseguiu controlar e evitar uma batida.

A expectativa estava no que os carros da Ferrari poderiam fazer em seguida. E Kimi brilhou ao cravar 1min35s972, superando Rosberg em 0s139. Mas havia uma tentativa por vir, não só de Nico, mas também de Vettel, que ainda não havia feito sua volta no Q3. Restavam menos de cinco minutos para o fim da classificação.

Mas Rosberg não deixaria passar a chance de largar na frente pela primeira vez em 2016. O alemão fez um primeiro setor ruim, mas melhorou na sequência da volta e cravou 1min35s402, marca praticamente imbatível, sem oferecer chances à Ferrari e a ninguém. Restava só ver a marca de Vettel, que, no entanto, ficou apenas em quarto lugar, atrás do surpreendente Ricciardo e de Räikkönen, que ficou em terceiro lugar.

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