Na noite deste domingo (3), por meio de sua conta oficial no Twitter, o ex-integrante do Pink Floyd, Roger Waters, declarou apoio ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, e pediu para Donald Trump “parar o golpe” no país.
“Pare com essa última insanidade do governo dos Estados Unidos, deixe o povo venezuelano em paz. Eles têm uma democracia real, pare de tentar destruir isso para que o 1% fique com o petróleo. EUA, tire as mãos! #Venezuela #NicolasMaduro #PareOGolpeDeTrumpNaVenezuela”, escreveu Roger Waters .
A publicação não foi bem aceita pelos internautas, e a maioria relatou o descontentamento com o músico.
“Estou chorando. Meu maior ídolo na música está defendendo o governo que arruinou meu país e minha família, que me forçou a fugir para aspirar por uma qualidade de vida decente. Roger, você não sabe o que está acontecendo na Venezuela , você não sabe das nossas leis, você não sabe o quão miserável é a situação. Não é uma questão de esquerda versus direita. As pessoas estão morrendo de fome, temos a maior inflação do mundo, estamos sem remédios, as taxas de criminalidade são as mais altas da América Latina”, disse uma fã.
A seguidora ainda completou: “Entendo que você não gosta de Trump, eu entendo que as políticas e crenças dele são, na maioria das vezes, passíveis de serem equivocadas e erradas. Mas isso não é sobre os EUA, isso não é sobre você, é sobre nós precisarmos de ajuda”, finalizou.
Fãs brasileiros também se pronunciaram: “Pare de destruir sua carreira. As pessoas estão morrendo por causa do Maduro”, disse um usuário do Twitter. “Aqui no Brasil nós estamos recebendo centenas de pessoas venezuelanas famintas, pessoas estão sendo mortas/assassinadas pela milícia de Maduro ”, escreveu outro.
A declaração de Roger Waters foi feita logo depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer à CBS que enviar tropas militares para a região venezuelana “certamente é uma opção”.
A crise se intensificou no país após o líder da oposição, Juan Guaidó, se declarar presidente interino. O governo de Guaidó é reconhecido por Estados Unidos, Brasil, Canadá, Colômbia e Argentina.
Roger Waters criticou a ditadura quando esteve no Brasil
Em outubro de 2018, o músico desembarcou no Brasil para realizar shows da turnê Us + Them . O primeiro destino foi São Paulo, na arena Allianz Parque. Durante a performance, Roger fez críticas a Jair Bolsonaro e chegou a exibir no telão a hashtag #EleNão.
O ex-Pink Floyd disse ainda ser contra o ressurgimento do fascismo e acreditar nos direitos humanos. “Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do Sul e foi feio”, relatou Roger Waters na ocasião.