O governador Rodrigo Garcia participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 17. Candidato ao Governo de São Paulo pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Garcia aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais no Estado, em disputa direta com Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), em segundo lugar, e atrás de Fernando Haddad (PT), líder isolado no ranking.
De acordo com pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada na última segunda-feira, o atual governador soma 9% dos votos em São Paulo, contra 12% de Tarcísio e 34% de Haddad. Apesar de ter assumido o Palácio dos Bandeirantes apenas no início deste ano, após a saída do então governador João Doria (PSDB), Rodrigo não se considera um “novato” na política. Sua trajetória inclui passagens como sub-secretário de Agricultura ao lado de Mário Covas, secretário de Gestão na Prefeitura de São Paulo, presidente da Assembleia Legislativa e deputado federal por dois mandatos, entre outros cargos.
Como candidato, destaca ter quase três décadas dedicadas a São Paulo, como um “político raiz”, e se posiciona contra a influência da polarização nacional entre Lula e Bolsonaro no Estado. “Estou aqui para proteger São Paulo dessa briga política que não resolve a vida de ninguém e para levar São Paulo para frente”, afirmou. Confira abaixo a cobertura especial da Jovem Pan sobre a sabatina de Rodrigo Garcia:
8h52 – Garcia fala sobre fechamento do comércio na pandemia
Rodrigo Garcia: Não precisa mais [de quarentena]. Tem a vacina. E a vacina salvou o Brasil e salvou o mundo. E quem trouxe a vacina para São Paulo foi o João [Doria]. Muitas vezes criticam. Quem trouxe a vacina para o Brasil foi São Paulo. O que é importante a gente dizer é que, naquele primeiro ano, a única forma de evitar mortes e superlotação [dos hospitais] eram as quarentenas. Que foram feitas em São Paulo e em todos os Estados do Brasil. O que evitou que nós tivéssemos problemas no sistema de saúde. (…) Enquanto as pessoas ficavam em casa, médicos e enfermeiros estavam na linha de frentes, correndo risco de vida, porque não tinha vacina em 2020, para proteger a população. Então, quando você olha para trás, diante de algo inédito que foi o que a gente viveu, sempre dá para melhorar.
8h50 – Diogo Schelp questiona sobre desigualdades sociais em São Paulo
São Paulo sofre as consequências do Brasil. De 2014 para cá, Brasil empurrou 15 milhões de pessoas para a pobreza. Essa desigualdade muitas vezes é reflexo de crescimento desigual e da macro economia regional. O importante é que SP está agindo nessa desigualdade, criamos o maior programa social, o Bolsa do Povo.
8h45 – ‘Sempre dá para melhorar’, afirma governador sobre gestão tucana em SP
Sempre dá para melhorar, quando assumimos em 2019 tinham muitas obras paradas. Temos muitas obras para serem feitas. Estamos passando por momentos diferentes do que vivemos no passado. A pandemia desorganizou a cadeira produtiva no mundo e o Estado sofre com realidade, mas estamos agindo muito rápido.
8h40 – ‘Não quero polícia violenta, quero uma polícia profissionalizada’, diz Garcia
Rodrigo Garcia: O importante é que, quando existir um confronto, na minha opinião, quem tem que morrer é o bandido e não o policial. Sempre defendi isso. Porque é assim que deve se comportar em um país democrático, nós temos que estar dentro da lei e sob o manto da lei. Agora, eu não quero uma polícia violenta. Eu quero uma polícia profissionalizada. Não quero uma polícia que sai matando, quero uma polícia que prende aqueles criminosos que merecem ser presos. E, se tiver que ter confronto, que morra o bandido, e não o policial. Essa é a minha opinião e a opinião do cidadão de bem deste país e do Estado de São Paulo.
8h35 – Adriana Reid questiona como Garcia pretende vender Haddad e Tarcísio em SP
Rodrigo Garcia: Pretendo vencer tendo mais votos do que eles, indo para o segundo turno. Respeito meus adversários e quero debater propostas e a história de cada um. Em relação ao candidato do PT, é só lembrar que ele foi prefeito em São Paulo. A eleição está para olhar São Paulo, a história de cada um e o que cada um quer fazer. Tarcísio vamos discutir infraestrutura. Ele fez 18km de estradas em São Paulo.
8h33 – Concursos públicos em São Paulo
Rodrigo Garcia: Estamos em ano eleitoral, então é proibido contratar nesse momento. Sobre esse concurso, era para contratar 200 papiloscopistas, agora tem remanescentes. Serão contratados, mas para deixar claro que já contratamos.
8h31 – Diogo Schelp questiona sobre flexibilização da compra de armas
Rodrigo Garcia: Quem tem que proteger a população é a polícia, não é a própria população que se protege. Nós estamos em um estado democrático de direito, e a polícia tem o papel de proteger o cidadão de bem. Eu sou a favor da posse de armas e sou contra o porte de armas em áreas urbanas. Sou a favor do porte de armas em áreas rurais. Isso é o que eu penso. Nós não podemos acreditar que a própria sociedade vai resolver os seus problemas. Nós estamos em um estado democrático, e a polícia está aí para isso.
8h28 – Amanda Klein questiona sobre dualidade na segurança pública e excessos policiais
Rodrigo Garcia: O mesmo governo que colocou câmeras corporais, que comprou os melhores armamentos da história da polícia militar de São Paulo – hoje nós temos armamentos comparados ao das melhores polícias e exércitos do mundo – é o mesmo governo que comprou armas não letais, aquelas pistolas de choque. Não há contradição, há praticidade. Nós temos a realidade de um Estado de 46 milhões de habitantes. E a polícia precisa estar pronta para tudo, para combater os crimes mais e os menos violentos. Nós vamos continuar com a política de câmeras corporais, ela deu resultado, ela protege o policial e filma o bandido, esse é o nosso objetivo com essas câmeras. Vou colocar o ‘detectamóvel’ nos veículos da polícia. Hoje nós temos a polícia com veículos blindados, não tínhamos antes. E vamos continuar nas áreas de operação, comprando veículos blindados. Eu sou um gestor público muito prático. Eu vejo a realidade que São Paulo vive e procuro solução para enfrentar os desafios dessa realidade.
8h21 – Roberto Mota questiona sobre negligência e desvalorização da Polícia Militar
Rodrigo Garcia: Quando o governador Mário Covas assumiu eram mais de 30 mortes por habitantes, hoje estamos abaixo de seis. Então, a polícia de São Paulo evoluiu muito e entregou o Estado mais seguro. O importante é treinamento, profissionalização. Vi o [Fernando] Haddad propondo cursos de prevenção para o policial não cometer atos de descriminação, ele esqueceu que a Barro Banco já faz cursos a muito tempo. […] Tivemos muitas vitórias em SP, a briga contra criminalidade é diária. Administro o Estado que tem os melhores indicadores der crimes contra a vida no Brasil. Estou satisfeito? Não, continuo ouvindo os comandantes. E no próximo mandato vamos continuar valorizando as polícias.
8h16 – Adriana Reid questiona sobre insatisfações de Garcia em SP
Rodrigo Garcia: Eu disse que as coisas não estão perfeitas e a gente sempre pode procurar melhorar e avançar. A grande prioridade é a segurança pública ao lado da segurança na saúde”, afirmou o atual governador. Proposta é incluir câmeras em viaturas policiais para deixar o Estado mais seguro. “Para resumir aqui, diria que segurança e saúde são áreas emergenciais do governador.”
8h13 – ‘Eu apoio Simone Tebet à presidência’, diz Garcia
Rodrigo Garcia: Eleição nacional começa junto com a nossa, existe uma polarização que sempre existiu no Brasil. Nos últimos 20 anos teve mais de 80% dos votos destinado a dois candidatos. Sempre foi assim. A polarização sempre existiu. Sou do PSDB e apoia Simone Tebet (MDB), tenho o Progressistas que apoia o Bolsonaro, o Solidariedade, que apoia o Lula. Essa coligação ampla mostra que os partidos estão preocupados com São Paulo. Eu e o meu partido apoiamos Simone Tebet.
8h17 – Garcia descarta discussão ideológica: ‘Estou para defender São Paulo’
Rodrigo Garcia: Eu não estou aqui para defender a continuidade do PSDB. Eu estou aqui para defender São Paulo. Estou filiado ao PSDB como a democracia exige. E tenho na social democracia muitas bandeiras que a gente tem no dia a dia do governo. Agora eu defendo que, muitas vezes, a ideologia possa ser discutida no parlamento, no Executivo não. O poder Executivo é problema todo dia. Nós temos que discutir os problemas reais do Estado, não a ideologia política. Vai no parlamento, quem quer discutir a ideologia, se elege deputado ou senador. No Executivo é barriga no balcão, é pé no chão. Todo dia nós temos problemas para resolver, e eu não vou ficar discutindo carteira ideológica, se vou resolver pela direita ou pela esquerda, eu vou procurar a solução do problema. Não estou aqui para defender o PSDB. Estou aqui para defender uma história dedicada a São Paulo, para os acertos do PSDB nesses últimos anos.
08h12 – Amanda Klein questiona sobre alinhamento político BolsoRodrigo
Rodrigo Garcia negou defesa de pautas apenas para alinhamento ou conquista de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. “Não mudei de lado na político, sempre estive em SP contrapondo as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT) e continuo fazendo isso, tendo o PT como minha oposição. Não mudei meu lado, continuo com coerência, com história de serviços prestados. Não estou aqui para defender projeto político de presidente da República, estou para defender o meu Estado de São Paulo.”
8h08 – Roberto Mota questiona sobre convivência com João Doria
Rodrigo Garcia: Eu tenho 24 anos de mandato. Nesses 24 anos, eu trabalhei com cinco governadores diferentes. […] Eu não tenho padrinho político. Eu fui vice e secretário de governo de João Doria. O João entregou várias políticas públicas para o Estado. Entregou o Museu do Ipiranga, entregou o Rio Pinheiros. É um governo que não tem acusação de corrupção. Fez um bom mandato em São Paulo, como foi um bom prefeito [da capital paulista]. E eu agora disputo com base na minha história, nesses mais de 24 anos dedicados a São Paulo, debatendo o futuro do Estado
8h06 – Garcia afirma ser favorável à reeleição: ‘Não tenho nenhum problema’
Rodrigo Garcia: Eu estou focado em governar São Paulo. Essa para mim é a grande prioridade. Afinal de contas, governar um Estado de 46 milhões de habitantes não é uma tarefa simples. Todos os dias, de manhã, à tarde e à noite, você tem problemas a serem vencidos. Então, eu fico muito ligado no dia a dia do governo. Ao lado disso, logo pela manhã e na hora do almoço, fico focado na campanha à reeleição. Afinal de contas nós estamos numa democracia. É natural que a gente possa se dedicar à reeleição. Eu não tenho nenhum problema com a reeleição. Sou favorável. Se nós não tivéssemos reeleição no Brasil, talvez o ideal seria ter um mandato de cinco anos, para que o Executivo pudesse concluir o seus projetos. Assumi o governo a partir de abril [de 2022] e disputo agora a reeleição nessas eleições. Mas sempre focado em olhar o dia a dia do governo. Eu tenho uma grande equipe de mulheres e de homens que me ajudam no dia a dia do governo. E também debater o futuro de São Paulo, que é o que nós estamos fazendo aqui, hoje, na Jovem Pan.
8h04 – Rodrigo fala sobre impugnação da candidatura de Geninho Zuliani
Rodrigo Garcia: Eu não acredito que a candidatura dele seja impugnada. Geninho foi um grande prefeito da cidade de Olímpia, no interior de São Paulo, transformou a cidade. Olímpia é a segunda cidade hoje no número de leitos de hotel, o desenvolvimento do turismo, enfim, ele fez uma transformação importante numa cidade que hoje gera emprego e renda. Foi um grande prefeito. Como todo prefeito foi acionado na justiça por atitudes que tomou. Geninho é ficha limpa. Ele não tem nenhuma condenação por improbidade, enriquecimento ilícito, dano ao erário, são processos administrativos normais de quem foi prefeito, de quem é deputado federal. Tenho certeza que esse pedido de impugnação não será aceito pela justiça. Ele segue como nosso candidato a vice.
8h00 – Thiago Uberreich e Adriana Reid dão boas vindas a Rodrigo Garcia