Sentenciado a nove anos de prisão pelo tribunal italiano por suposto estupro coletivo de uma mulher albanesa, Robinho deu entrevista à TV Record neste domingo (17). O jogador de 40 anos não negou a ocorrência de relações sexuais com a vítima, mas alegou que foram consensuais e afirmou ter sofrido discriminação racial durante o processo na Itália.
Ele afirmou sentir-se “perseguido”, já que os outros homens acusados pelo crime não estão sendo investigados pelas autoridades italianas. Seu amigo Ricardo Falco, contudo, também foi condenado.
De acordo com documentos apresentado pela defesa, os vestígios de material genético encontrados nas roupas da suposta vítima não correspondem aos de Robinho. “Em nenhum momento eu neguei. Um teste de DNA comprovou que eu não estava lá e, mesmo assim, fui condenado”, disse o jogador, acrescentando que os áudios utilizados pelo tribunal italiano estavam fora de contexto.
Robinho enfatizou que teria sido tratado de forma diferente se não fosse negro. Ele alegou que houve discriminação no tratamento dispensado pela justiça italiana: “Não há nenhum vestígio do meu DNA, e mesmo assim fui condenado? Só posso acreditar que foi racismo. Com certeza, se eu fosse branco, seria inocentado com as provas que tenho”.