O nível de emprego na indústria de transformação paulista caiu 0,28% em outubro, em relação ao mês anterior, com o corte de 6,5 mil vagas.
Apesar de ter ocorrido nova queda, as empresas reduziram o ritmo de demissões em comparação a setembro, quando houve recuo de 0,51%. No acumulado do ano, o setor eliminou 92 mil postos de trabalho.
Os dados são do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). A Pesquisa Nível de Emprego é feita desde 1981 e engloba informações de 3,01 mil empresas.
Em nota, o diretor do Depecon, Paulo Francini, informou que foi revista a previsão para o fechamento do ano, que passou a indicar a eliminação de 150 mil empregos, 15 mil a menos do que a projeção anterior (165 mil). Para Francini, a situação da indústria ainda é muito grave. “Não conseguimos ver ainda a marca do que poderíamos chamar de retorno do crescimento. Caminhamos para mais um final de ano negativo na economia brasileira e na indústria de transformação.”
Balanço
Em mais da metade dos setores pesquisados (59%), somando 13 segmentos de um total de 22, foi negativo o saldo entre contratações e demissões. Os três segmentos que mais enxugaram quadros foram: Outros Equipamentos de Transporte (-2.045 vagas); Veículos automotores (-1.522) e Produtos Alimentícios (-885). Cinco setores mantiveram a estabilidade e apenas quatro ampliaram as vagas.
A diretoria regional da Fiesp/Ciesp de Limeira foi a que teve queda mais significativa (-4,31%) entre as 36 diretorias pesquisadas. Na de Santa Bárbara d’Oeste, houve recuo de 3,46% e na de São José dos Campos, de 2,56%. No total, houve recuos em 18 diretorias, número abaixo do registrado em igual mês do ano passado (31) e também dos outros dois anos imediatamente, anteriores (em 2013 foram 20 e em 2014, 30).
Em 12 regionais foram constatados aumentos, sendo que as maiores chances de emprego ocorreram nas empresas vinculadas à diretoria de Matão +1,92%); Santos (1,75%) e Santo André (0,90%).