A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto (SP) confirmou, na tarde desta quarta-feira (1º), a quinta morte por dengue em 2022. A vítima é um homem, com idade entre 60 e 69 anos.
De acordo com a pasta, 8.052 moradores foram diagnosticados com a doença desde o começo do ano. Mais de seis mil casos seguem em investigação. Confira abaixo quantos casos foram registrados em janeiro, fevereiro, março, abril e maio:
Janeiro: 1.034
Fevereiro: 1.338
Março: 3.337
Abril: 2.257
Maio: 86
Ainda conforme a pasta, duas mortes foram registradas em fevereiro, duas em março e uma em maio. Os bairros que possuem a maior incidência da doença são Estoril, São Francisco e Vetorazzo.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer o diagnóstico clínico e o exame laboratorial de sorologia. A contagem de hematócritos acima do normal, e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue, pode ser um indício de dengue.
O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas.
Os principais “sinais de alerta” da doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
Período crítico
O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar, mas a dor na barriga continuar, o paciente pode estar em um estado grave, mesmo sem apresentar sangramento. Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais, pois, geralmente, as pessoas com febre são atendidas prioritariamente.
Ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O número de plaquetas no sangue ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento.
O monitoramento clínico e laboratorial precisa ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A complicação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente tem de fazer pelo menos três exames de sangue: no início da dengue, depois da febre, e a última para ver se as plaquetas já voltaram ao normal.
Tratamento
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
Não existe um medicamento específico para a doença. A medicação serve basicamente para aliviar as dores.