O rio-pretense Ovasco Resende é o novo presidente nacional do Patriota, o partido que negocia a filiação do presidente Jair Bolsonaro. Na manhã desta quinta-feira, 24, o partido realizou convenção nacional em hotel de Brasília-DF. Dentre as deliberações, foi aprovado por unanimidade dos convencionais presentes, a nomeação de novo membro para substituir vaga de dirigente que havia falecido por Covid.
Também foi apresentada denúncia contra o presidente nacional da legenda, Adilson Barroso, em razão de seus atos, considerados autoritários e contrários ao estatuto partidário, realizados nos últimos dias (veja mais abaixo). A denúncia foi encaminhada ao conselho de ética para emissão de parecer e posterior deliberação na Executiva Nacional.
Com o objetivo de manter a imparcialidade na condução da apuração, também foi aprovado – por unanimidade – o imediato afastamento do presidente Adilson Barroso, pelo prazo de 90 dias. Ficou entendido que ele não poderia conduzir os procedimentos para o julgamento de seu próprio processo de apuração de infração ético-disciplinar.
Nos termos estatutários e legais, também ficou definido que o primeiro vice-presidente, Ovasco Resende, passa a responder como presidente em exercício.
Por fim foram criadas duas comissões. Uma com objetivo de propor alterações estatutárias, a fim de adequar pontos glosados pela Procuradoria Geral Eleitoral junto ao TSE, na proposta de alteração estatutária que está em tramitação.
A outra foi constituída com objetivo de discutir a viabilidade do lançamento de candidatura própria a presidente da república nas eleições gerais de 2022.
Ovasco Roma Resende chegou a entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral acusando o presidente da legenda, Adilson Barroso, de um golpe partidário ao excluir instâncias partidárias nacionais da decisão de filiar o senador Flávio Bolsonaro – o que abriu porta para a filiação do presidente Jair Bolsonaro.
Para Ovasco, ex-presidente do PRP, partido que tinha sede nacional em Rio Preto, ao se aliar ao Patriota, que incorporou a sigla em 2018, ficou acertado que todas as decisões nacionais seriam tomadas em conjunto, o que não teria acontecido no caso da filiação do senador.