Uma reunião na próxima segunda-feira (1) irá definir qual será o futuro de Orlando Rollo no Santos.
Desafeto declarado do presidente José Carlos Peres, que teve sua permanência confirmada em votação dos sócios no último sábado (29), o vice, no que depender do mandatário do clube, já está com os dias contados. “Por mim, ele não fica”, afirmou Peres.
“Na segunda-feira nós vamos ter uma conversa, na reunião do Comitê de Gestão. Eu acho que ele ama o clube”, afirmou o presidente, que evitou encarar o papo de segunda-feira como um pedido de renúncia ao desafeto. “Não vou tratar como renúncia, mas como uma conversa. É necessário termos paz. Mas por mim, ele não fica”, acrescentou José Carlos Peres.
De acordo com o presidente, as longas polêmicas acumuladas com Rollo ao longo dos últimos meses não permitem que os dois voltem a trabalhar juntos dentro do clube: “Acho que o rearranjo político acabou. É que nem casamento, quando acaba a confiança acabou. Não tem clima. Isso ocorreu no Fluminense; o vice pediu renúncia e abriu caminho para a paz”.
Paz, aliás, foi a palavra mais usada por Peres na entrevista concedida à imprensa após a vitória na assembleia. Depois de meses de conflitos políticos com Orlando Rollo, o presidente espera ter calma para poder trabalhar e tirar o Santos do que chamou de entulho financeiro.
“O Santos precisa de paz. Eu preciso de paz para trabalhar. Eu fiz o que tinha que fazer até agora. Eu não deixei de fazer nada. Só que isso me custou também muito cansaço, dormir tarde, se preocupar, e esse entulho financeiro que o Santos tinha e ainda tem -devemos mais de R$ 80 milhões até dezembro-, essa preocupação de chegar no fim do ano, eu preciso estar em paz com todo mundo, senão eu não consigo administrar”, acrescentou Peres.
Além de Rollo, que pode deixar a vice-presidência, o mandatário santista deixou claro no último sábado que mais cargos do clube devem ser modificados ou até mesmo extintos.
“Neste ano talvez faltou habilidade, conhecimento e experiência de não falar para a torcida que era ano de limpeza. Eu não esperava tanto entulho, e não é desculpa. Agora temos que chamar as quatro áreas – futebol, financeiro, jurídico e marketing/comunicação -para profissionalizar o clube e ver o que temos que cortar”, completou o presidente santista. Com informações da Folhapress.