A oferta de boiadas voltou a encurtar e, mesmo com a dificuldade no escoamento de carne, os preços do boi gordo subiram.
O boi casado de animais castrados segue estável em R$8,80/kg desde a segunda quinzena de maio. Nem mesmo o começo de mês favoreceu as vendas a ponto de elevar as cotações. A sustentação do mercado vem da disponibilidade de boiadas terminadas.
A margem das indústrias que vendem a carcaça com osso caiu quase dez pontos percentuais em um ano. Em 12 meses, a inflação medida pelo IPCA chegou a 8,43%, a maior em doze anos. Não há incentivo ao consumo.
Em várias praças onde não houve reajuste nos preços da arroba, compras por valores acima da referência voltaram a ocorrer.
As boiadas de cocho compõem parte das programações das indústrias, mas o volume maior segue sendo de animais terminados no capim. Diante disso e da possibilidade que o pecuarista ainda possui de reter os animais no pasto, o mercado retomou a firmeza.
Em São Paulo, aos poucos os negócios de R$148,00/@, à vista, voltam a ocorrer.
ALTA
Alta em quatro praças para o boi gordo, das trinta e uma pesquisadas pela Scot Consultoria. A retenção de boiadas, por parte dos pecuaristas, faz com que os frigoríficos ofertem preços maiores para compra de animais. Em São Paulo, os preços para o boi gordo e vaca gorda permanecem estáveis, cotados em R$ 147,50 e R$ 138 por arroba à vista, respectivamente. As escalas paulistas atendem, em média, cinco dias.
A melhora nas vendas de carne neste início de mês ajudou os frigoríficos no escoamento dos estoques, o que causou valorizações. O Equivalente Scot Carcaça, que calcula a receita do frigorífico com a venda de couro, sebo, miúdos, derivados, subprodutos e carne com osso, está cotado em R$170,68 a arroba, alta de 2,6%, frente ao início do mês.
No mercado atacadista de carne com osso houve alta nos preços. As carcaças de animais inteiros e castrados estão cotadas em R$8,80 o quilo e R$9,10 o quilo, respectivamente.