Visivelmente abatido durante a entrevista coletiva após a derrota desta quarta-feira para o Talleres, na estreia do São Paulo na segunda fase preliminar da Copa Libertadores, o técnico André Jardine tentou explicar o que deu errado, mas admitiu: o resultado de 2 a 0 contra limita qualquer tentativa de justificar o tropeço.
“O resultado acaba sendo expressivo, esmagando qualquer justificativa”, disse o treinador. “Acho que o gol mexeu também deu confiança ao adversário. E talvez, no nosso melhor momento no jogo, a expulsão praticamente terminou com a condição de buscar o empate. O segundo gol acaba penalizando como um todo a atuação do segundo tempo”, comentou.
Auxiliar do uruguaio Diego Aguirre durante toda a passagem do uruguaio pelo clube no ano passado, Jardine acabou assumindo interinamente a equipe na reta final da temporada e, posteriormente, foi efetivado. Apesar do pouco tempo no cargo, a situação dele se torna crítica com o resultado na Libertadores, apesar de o próprio ter evitado colocar a partida de volta como um possível divisor de águas.
“Quarta-feira é um jogo decisivo para o São Paulo, para as pretensões que todos têm. A Libertadores é uma grande prioridade do clube, do grupo, da direção, meu, da torcida. Quarta-feira é o dia da gente se mobilizar e entregar tudo o que pode.”
Diante da insistência no questionamento sobre a pressão que ele sofreria até lá, Jardine despistou. “Time grande é pressão sempre. Não existe um dia sequer que a gente não se pressione para fazer o melhor, buscar os resultados. Sinceramente, a gente convive com pressão, principalmente a interna nossa, que a gente entende ser capaz de entregar ao clube”.
Vale lembrar que desde a última passagem de Muricy Ramalho pelo clube, em abril de 2015, nenhum treinador durou nem 50 jogos no comando do São Paulo. Jardine tem oito partidas oficiais desde que foi efetivado, no fim de novembro.