A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) enquanto cobria o protesto contra o aumento das tarifas em São Paulo. Ela foi hospitalizada.
Outro repórter da Folha, Fábio Braga, também foi atingido no rosto por disparos de bala de borracha no centro da cidade. Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
Ela disse a repórteres que estava em um estacionamento na rua Augusta quando uma viatura da Rota se aproximou em baixa velocidade e um PM que estava no banco de trás atirou contra ela. Segundo a Folha, no total sete repórteres foram atingidos por policiais.
“A Folha repudia toda forma de violência e protesta contra a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio”, afirmou Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal, salientando que os “sete estavam identificados como profissionais de imprensa”.
Repórteres do Estadão afirmaram também ter sido vítimas de agressões da Rota. De acordo com a reportagem do jornal, um carro da corporação se aproximou deles e disparou bombas de gás lacrimogêneo tentando acertá-los. Eles afirmaram que neste momento não havia concentração de manifestantes quando foram atingidos.
O Secretário de Segurança Pública de SP, Fernando Grella, afirmou em nota que determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure episódios envolvendo fotógrafos e cinegrafistas durante a manifestação.