domingo, 24 de novembro de 2024
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Remédios de alto custo estão em falta em farmácias do Estado

Remédios caros, de uso contínuo, que tratam doenças crônicas graves estão em falta há mais de um mês nas farmácias de alto custo do governo de São Paulo. Pacientes sofrem…

Remédios caros, de uso contínuo, que tratam doenças crônicas graves estão em falta há mais de um mês nas farmácias de alto custo do governo de São Paulo. Pacientes sofrem com as dores e recorrem a doações para não interromper os tratamentos. O governo diz que a falta da maior parte dos medicamentos é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

A codeína, por exemplo, é um remédio de alto custo que está em falta na cidade de São Paulo. Segundo William Bernardes, marido de uma mulher que sofre com dores provocadas pela anemia, a busca pelo medicamento já dura meses.

Além da codeína, Maria Nice também não encontra leflunomida, para o tratamento do lúpus. Já José Paulino busca insulina glulisina, que é de ação rápida, para a neta que tem diabetes.

Como os remédios distribuídos na Farmácia de Medicamentos Especializados na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, são caros, os pacientes e familiares precisam recorrer a doações.

Associação de mães de pessoas com esquizofrenia afirma que a clozapina, quetiapina e olanzapina estão em falta também.

“É uma frustração muito grande porque a gente vem trabalhando muito primeiro pra trazer a conscientização da doença que é muito estigmatizada, e a outra é que quando você consegue fazer todo um trabalho de conscientização, de psicoeducação com as famílias e até com o paciente, por falta de medicamento, você vê todo esse trabalho interrompido, então é vc dar braçada na areia, é muito triste”, diz Sarah Nicolleli, presidente da associação.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que a responsabilidade pela compra e distribuição dos medicamentos clozapina, quetiapina, olanzapina e leflunomida é do Ministério da Saúde, que não tem cumprido nem os prazos e nem as quantidades combinadas. O SP2 pediu posicionamento do ministério e não obteve resposta.

A nota diz ainda que as farmácias estaduais têm em estoque a insulina glulisina e que vai apurar se houve uma falta pontual na unidade da Vila Mariana. Já no caso da codeína, a Secretaria informou que o abastecimento só vai ser normalizado em janeiro.

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