O Relógio do Juízo Final, criado em 1947 por cientistas preocupados com as implicações apocalípticas da era nuclear, ajustou seu ponteiros nesta terça (28) para o nível mais próximo do fim da existência humana. O mecanismo é atualizado anualmente e agora está a 89 segundos da meia-noite, o que simboliza o fim da vida no planeta.
Atualmente, 18 cientistas da referencial ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, fundada em 1945 por Albert Einstein e J. Robert Oppenheimer, atualizam o mecanismo. Os ponteiros se moveram um segundo da última mexida, há dois anos.
O Relógio do Juízo Final reflete os acontecimentos do ano anterior ao ajuste. Ou seja, ele considerava o começo da Guerra da Ucrânia em 2022 na modificação de 2022.
“O ponteiro está em seu pior nível porque não vimos progressos em 2024. Há um aumentado risco nuclear, conflitos ativos envolvendo potências nucleares, o ano foi ainda mais quente que 2023 e tecnologias disruptivas como a inteligência artificial seguem se desenvolvendo sem controle”, afirma Daniel Holtz, que chefia o painel de especialistas e define a mudança do ponteiro após reuniões.
Ele ainda critica o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, por tirar os Estado Unido do Acordo de Paris e afirmou que a decisão afetará o Relógio do Juízo Final futuramente. “O fato de Trump ter deixado o Acordo de Paris é grave. Exortamos os outros líderes mundiais a agir”, prossegue.
O ponto mais distante do fim do mundo do Relógio foi em 1991, depois do fim da Guerra Fria. As mudanças anuais consideram diversos riscos catastróficos, incluindo armas de destruição em massa, colapsos ambientais e tecnologias problemáticas.