Com o placar de 10 x 3, o relatório final da CPI do Merendão foi aprovado pela Câmara municipal na sessão ordinária que começou na noite de terça-feira, dia 15, e somente terminou no início da madrugada desta quarta-feira. Os três votos contrários foram registrados pelo advogado Maurílio Saves, Arnaldo Pessoli e Étore Baroni, líder da prefeita na Câmara.
O resultado caiu como uma bomba na administração Ana Bim que passa a ser acusada de improbidade administrativa e corre risco de sofrer um pedido de cassação. A derrota foi sentida pela “tropa de choque” que foi em peso ao Legislativo.
Depois de muitas discussões, bate boca, acusações e ataques, dez, dos 13 vereadores votaram pela transparência e pelo combate a corrupção, já que ficou comprovado que houve superfaturamento de mais de meio milhão em apenas 2 milhões analisados.
O relatório do perito Marcos Fontes, contratado pelo Legislativo para apurar a denúncia do vereador Rogério Chamel, foi decisivo para convencer alguns vereadores que houve irregularidades na aquisição de produtos da merenda escolar entre os anos de 2013 e 2014.
O relatório também apontou diversas falhas no setor da merenda escolar. Foi o que apontou Chico Arouca, Rogério Chamel e Gustavo Pinato em seus discursos.
O vereador Maurílio Saves elogiou o trabalho dos membros da CPI, mas discordou da interferência do advogado durante as oitivas. Para ele, a legitimidade somente pertence ao vereador.