O relatório da CPI do Merendão volta hoje a ser pauta da última sessão ordinária da Câmara Municipal de Fernandópolis. Depois de ficarem dias suspenso por uma liminar da Justiça de Fernandópolis, o relatório que aponta superfaturamento de mais de meio milhão de reais na aquisição de produtos para merenda escolar é matéria a ser discutida hoje.
Graças a um agravo impetrado no Tribunal de Justiça de São Paulo, as decisões do juiz da 3ª Vara Civil de Fernandópolis Renato Soares de Melo Filho, foram anuladas e a liminar cassada, dando direito aos três vereadores afastados, voltarem aos seus cargos, juntamente com a CPI.
O texto deve ser lido na íntegra e passado a apreciação do plenário que deve decidir se aprova ou não os trabalhos da comissão parlamentar formada pelos vereadores Rogério Chamel (denunciante), Chico Arouca (relator) e Gustavo Pinato (presidente).
O relatório também apontou uma série de infrações cometida pela administração da prefeita Ana Maria Matoso Bim que é gestora e ordenadora de despesa. Ela deve responder criminalmente pelos atos e possivelmente deve enfrentar uma CP (Comissão Processante) pela frente.
O material votado também será remetido ao Ministério Público de Fernandópolis e ao Ministério Público Federal que fazem investigações paralelas. O texto assinado pelo relator Chico Arouca também apontou manobra política para aumentar o número de alunos e justificar o gasto com a merenda, além de outros fatos que podem ir de encontra a funcionários na municipalidade.
A maioria dos vereadores espera a presença da população no plenário do Palácio 22 de Maio para terem conhecimento de que forma seus vereadores votaram na CPI do Merendão. Há uma expectativa para saber quem é favorável a corrupção em Fernandópolis e quais os políticos que querem transparência na administração pública.
