O relatório da apuração feita pela Direção Regional de Saúde, de Rio Preto, sobre a morte de duas gêmeas, nas santas casas de Fernandópolis e de Jales, aponta falha médica ou negligência no atendimento à mãe, Rita de Cássia dos Santos.
O caso ocorreu entre os dias 10 e 14 de dezembro do ano passado.
Após dois atendimentos, a mãe entrou em trabalho de parto sob risco de morte. Uma criança – Lorraine Vitória – morreu após o nascimento. A segunda, Layane Mara, morreu dois dias depois, na Santa Casa de Jales.
Na época, os médicos e o hospital informaram ter feito diversos contatos com a Central de Vagas em busca de local para internação da mãe e das crianças, mas não obtiveram vagas nas UTIs neonatais de Jales, Rio Preto e Catanduva.
No relatório concluído há uma semana, a Direção Regional mostra que a Central retornou 14 ligações ao hospital, mas não localizou os médicos José Roberto Penna, Osny Luz e Antonio Flumignan, que atenderam a mãe.
O relatório afirma que a falta de comunicação com os médicos impediu o atendimento “com vaga zero” no Hospital de Base, de Rio Preto.
As mortes estão sendo apuradas em um inquérito aberto no final de dezembro no 2º Distrito Policial de Fernandópolis. Desde a época, os médicos não falam do assunto com a imprensa e o hospital afirma, pela assessoria de imprensa, que vai aguardar o fim das investigações.
O promotor Denis Henrique Silva, que instaurou um inquérito civil para apurar o caso, disse que o relatório da Direção Regional aponta “falhas graves” no atendimento à Rita de Cássia.
