sexta, 15 de novembro de 2024
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Região está abaixo de média do Estado

De acordo com informações divulgadas pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais), a região de Votuporanga possui uma área de cobertura natural, ou de vegetação nativa, que varia…

De acordo com informações divulgadas pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais), a região de Votuporanga possui uma área de cobertura natural, ou de vegetação nativa, que varia entre 2% a 6% de sua extensão total. No entanto, este número se torna preocupante, quando comparado a média do Estado de São Paulo, que possui cerca de 14% do seu território ocupado por áreas verdes.
Conforme o supervisor da equipe técnica do DEPRN de Fernandópolis, José Mauro de Lima Pedroso, tal índice resulta diretamente na redução da biodiversidade da região e por isso, todos os proprietários rurais estão sendo obrigados a repor a vegetação em suas propriedades. No mínimo, é exigida uma área de cobertura natural correspondente a 20% do tamanho total.
A preocupação com a conservação destas áreas de vegetação nativa é tão importante, que as infrações relacionadas a intervenções de áreas de preservação permanente, chamadas de APPs, e cortes de árvores nativas, são as duas ocorrências mais registradas pela Polícia Militar Ambiental de Votuporanga, responsável pela fiscalização de nove municípios da região.
Segundo dados divulgados pelo setor de comunicação social do 4.º Batalhão da PM Ambiental de São José do Rio Preto, ao qual pertence a base operacional local, a maior parte dos 702 boletins elaborados em 2006, está ligada a ações de proprietários rurais, que em busca de ampliar sua área de cultivo, acaba com áreas verdes que existem em seus sítios e fazendas.
“Por causa da expansão da cana-de-açúcar na região, autuações nesse sentido se tornaram bastante recorrentes”, afirma o sargento responsável pela base da PM Ambiental de Votuporanga, Mário Luiz Godói.
Outro problema apontado pelo sargento, é que as minas de água de diversas propriedades vêm sendo suprimidas por seus donos. “O risco que se corre nesse caso é o de acabar a água na nossa região, o que também é uma preocupação mundial”, ressaltou.
Balanço
Por causa de todas as irregularidades, no ano passado foram lavrados 60 termos circunstanciados, arbitradas 73 advertências e lavradas 132 multas, relacionadas a autos de infração ambiental, que somaram a quantia de R$ 432,8 mil.
As fiscalizações realizadas pela Polícia Ambiental de Votuporanga, em busca de coibir os crimes ambientais em 2006 ainda resultaram na apreensão de 160 aves silvestres mantidas ilegalmente em cativeiro, sendo que destas, apenas 35 foram encaminhadas para um local especializado, onde receberam cuidados veterinários. As demais foram devolvidas a natureza.
Mais de 170 quilos de peixes também foram apreendidos por terem sido pescados irregularmente, principalmente com uso de materiais proibidos. Com exceção dos que foram devolvidos aos rios, ou já estavam deteriorados para o consumo humano, o restante do pescado (aproximadamente 150 quilos) foi doado a entidades da região. Ao todo, 8,5 mil metros de redes usadas incorretamente foram recolhidos.
Foram vistoriadas ainda 209 propriedades, assim como 494 veículos e apreendidas 46 armas de fogo e sete armas brancas. (Colaborou Leliane Petrocelli)

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