A recusa em fazer o teste do bafômetro respondeu por 85% das multas aplicadas nas fiscalizações da lei se seca no estado de São Paulo no mês de março.
No período, de um total de 327 autuações, 278 foram de motoristas que se recusaram a soprar o estilômetro, o equipamento que mede os níveis de álcool ingerido, também conhecido como bafômetro.
A proporção de motoristas que se negou a fazer o teste cresceu nesse primeiro trimestre. Em Janeiro, 78% se recusaram a soprar o equipamento. Em fevereiro, 83%. Mas desde 2012, quando entrou em vigor a política de tolerância zero para qualquer nível de álcool no organismo, as multas por recusa de fazer o teste do bafômetro costumam responder pela maior parte das infrações nas ações de fiscalização da Lei Seca. Em 2019, em São Paulo, último ano antes da pandemia de covid -19, cerca de 90% das multas foram por esse motivo.
Recusar a fazer o teste do bafômetro é uma infração de trânsito gravíssima. A multa é de R$ 2934,70 centavos e os condutores podem ter a carteira de habilitação suspensa. Se no período de 12 meses, a situação se repetir o valor da multa dobra e a carteira pode ser cassada.
Em março, as outras multas ficaram por conta de 36 motoristas que estavam dirigindo sob influência de álcool, o que também é considerado infração gravíssima, e outros 13 motoristas multados por embriaguez ao volante, ou seja, tinham mais de 0,34% de miligramas de álcool por litro de ar expelido. Esses 13 motoristas vão responder na justiça por crime de trânsito e, se condenados, podem cumprir de seis meses a três anos de prisão.