sábado, 23 de novembro de 2024
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Recusa à doação de órgãos cai e transplantes batem recorde em SP

O número de transplantes de órgãos registrado pelo governo paulista neste ano cresceu 7% em relação a 2022, ultrapassando os 7,2 mil procedimentos, e já é o maior dos últimos…

O número de transplantes de órgãos registrado pelo governo paulista neste ano cresceu 7% em relação a 2022, ultrapassando os 7,2 mil procedimentos, e já é o maior dos últimos seis anos. O índice recorde coincide com uma queda de 6,5% nas recusas familiares à doação de órgãos.

Ainda assim, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 37,6% das famílias consultadas negaram a doação de órgãos, o que impede a realização de cirurgias que podem salvar vidas, já que a doação deve ser consentida e autorizada por familiares de até 2º grau de parentesco.

Segundo a Central de Transplantes de São Paulo, os transplantes mais comuns realizados entre janeiro e novembro deste ano foram de córnea (4,8 mil) e de rim (2,5 mil). Também foram registrados 601 transplantes de fígado e 126 de coração, como o do apresentador Fausto Silva, o Faustão, que foi transplantado em agosto deste ano.

O maior crescimento foi entre os procedimentos hepáticos, que tiveram aumento de 19,9%, seguido pelo crescimento em transplantes cardíacos, que registraram alta de 17,8% em relação ao mesmo período de 2022, segundo a Secretaria da Saúde.

O governo credita o aumento do número de transplantes à campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos realizada neste ano. Apesar da alta registrada, 21,8 mil pessoas ainda aguardam na fila por um órgão em São Paulo. Hoje, a maior necessidade é pela doação de rins e córneas.

Como funciona a doação
A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, ou seja, tipagem sanguínea, dados antropométricos entre doador e receptor, compatibilidade genética, além da priorização para pacientes em estado grave.

Quanto aos pacientes que precisam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, que é responsável por realizar a gestão de todo o processo de doação e transplante em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes.

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