sexta, 4 de julho de 2025
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Reconstituição apura feminicídio: mulher morreu após ser arrastada por ex-marido

As polícias Civil, Militar e Científica realizaram na manhã desta quinta-feira (26) a reconstituição do feminicídio que ocorreu em 11 de maio, em Rio Preto.Naquela data, uma mulher, que havia sido espancada, morreu após ser arrastada por um carro pelo ex-marido.

Peritos realizaram todo o registro fotográfico necessário para a elaboração dos laudos que serão incluídos no inquérito da Polícia Civil. Segundo a delegada de Defesa da Mulher, Mariana Alves Machado Nascimento, embora o inquérito já tenha sido concluído, a reconstituição foi necessária para esclarecer algumas dúvidas em relação às versões apresentadas.

A reconstituição, que durou toda a manhã, contou com a presença do suspeito, Aguinaldo dos Santos Machado, de 51 anos. Ele, no entanto, permaneceu dentro da viatura policial. Pela legislação, é seu direito não participar ativamente, mas Aguinaldo precisou explicar à delegada e aos investigadores como tudo teria acontecido.

Detalhes da Agressão e Morte da Vítima

De acordo com o boletim de ocorrência, Alessandra Gonçalves Muniz Machado, que era dona de uma casa de umbanda, teve um relacionamento com Aguinaldo, mas decidiu pela separação. Conforme o registro, a mulher disse aos policiais que Aguinaldo estava usando cocaína e bebendo com frequência, além de ter atitudes intolerantes em relação à religião dela.

Na noite de 9 de maio, o suspeito encontrou-se com Alessandra e começou a xingá-la de “diabo” e “satanás”, agredindo-a com socos e chutes. Em seguida, ele a mandou entrar no carro. Ao tentar entrar, Alessandra prendeu a mão na porta e foi arrastada pelo veículo.

A mulher foi levada à Santa Casa com ferimentos nas mãos, braços, pernas e rosto. No hospital, a vítima solicitou medidas protetivas de urgência contra o agressor. Seu estado de saúde piorou, e ela precisou ser encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos.

Aguinaldo foi preso em 11 de maio e levado para a carceragem da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto. O corpo de Alessandra foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. A mulher deixou três filhos e foi enterrada em 13 de maio em Rio Preto.

A ocorrência foi registrada como violência doméstica, morte suspeita, intolerância religiosa e feminicídio.

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