A recém-nascida que sofreu uma fratura na cabeça ao cair de uma incubadora na Santa Casa de Araçatuba voltou a se alimentar com leite na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Segundo o pai, Érik Guilherme Rosa, o coágulo cerebral que a bebê de cinco dias apresentou após a queda foi absorvido naturalmente pelo organismo. O hospital abriu uma sindicância para apurar o caso, e a Polícia Civil instaurou inquérito.
Érik, de 26 anos, que trabalha com serviços gerais, relatou que a bebê, que havia sido internada por ter nascido prematura e com baixo peso, começou a se alimentar por via oral na última quinta-feira (22). Antes disso, ela estava recebendo apenas soro para evitar complicações médicas.
O pai foi informado sobre o incidente na tarde da última terça-feira (20), ao chegar para uma visita no hospital. Ele procurou a polícia para relatar o ocorrido. Embora tenha notado que a porta da incubadora estava danificada, Érik contestou a versão apresentada pelo hospital de que a bebê teria caído sozinha.
O delegado responsável pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Araçatuba irá colher depoimentos da mãe, do médico e da enfermeira do local. Um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de lesão corporal. Por envolver uma menor, o caso está em sigilo.
Ainda conforme o pai, no momento da queda, a bebê não estava em UTI e não utilizava equipamentos de suporte à vida. A mãe da menina está em repouso em casa, recuperando-se de complicações pós-parto.
Segundo Érik, o médico responsável pelos exames informou que a fratura na cabeça não deve deixar sequelas. No entanto, reconheceu que ainda é cedo para saber os impactos exatos do coágulo. “Sobre o coágulo, o médico falou que não tem como saber agora. Pode ser que tenha sequela, pode ser que não tenha. Só o tempo vai dizer”, compartilhou o pai.
A bebê passará por novas tomografias para avaliar a evolução do sangramento, e a investigação segue em andamento.
