sábado, 21 de setembro de 2024
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Reação ao primeiro turno leva Bolsa a disparar 4,7%

Um dia após o primeiro turno das eleições presidenciais, a Bolsa fechou com forte alta e o dólar recuou nesta segunda-feira (6) com a constatação de que o candidato Aécio…

Um dia após o primeiro turno das eleições presidenciais, a Bolsa fechou com forte alta e o dólar recuou nesta segunda-feira (6) com a constatação de que o candidato Aécio Neves (PSDB) teve mais votos do que o previsto em pesquisas eleitorais.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançou 4,72%, a 57.115 pontos, empatando em valorização percentual diária com o dia 27 de julho de 2012. Das 70 ações mais negociadas no pregão, 61 subiram, oito caíram e uma permaneceu estável.

No mercado cambial, o dólar fechou o dia em baixa ante o real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 2,31%, a R$ 2,416. O dólar comercial, usado no comércio exterior, teve queda de 1,58%, a R$ 2,425.

A alta da Bolsa é atribuída por analistas ao resultado do primeiro turno das eleições, segundo o qual Aécio teve 33,55% dos votos –34,8 milhões de eleitores–, contra 41,59% da candidata Dilma Rousseff (PT). A votação do tucano foi considerada surpreendente em relação às estimativas de pesquisas eleitorais.

Desde o início da campanha eleitoral, o mercado financeiro tem reagido positivamente quando a oposição apresenta chances de derrotar a atual presidente. Segundo analistas, os investidores veem com bons olhos a possibilidade de mudança de gestão nas estatais, pois investidores consideram que a atual administração tem tomado medidas intervencionistas.

“A alta de hoje foi reflexo, sem dúvida alguma, da surpresa que as urnas trouxeram ontem [domingo]. A diferença do Aécio foi menor do que a que estava sendo apontada nas pesquisas eleitorais. As notícias agradaram ao mercado, que premiou a Bolsa”, afirma Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.
AÇÕES
As estatais foram as protagonistas da sessão. Os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, fecharam o dia com avanço de 11,11%, a R$ 20,39. As ações ordinárias da petrolífera, com direito a voto, tiveram alta de 9,71%, a R$ 19,20.

Já os papéis do Banco do Brasil subiram 11,91%, a R$ 29,11. As ações preferenciais da Eletrobras fecharam com valorização de 6,46%, a R$ 10,38, e as ordinárias avançaram 9,29%, a R$ 6,94.

O pequeno investidor que estiver pensando em entrar no mercado agora deve ter cautela por causa do atual cenário de Bolsa, afirma Newton Rosa. “É melhor esperar uma definição maior do cenário eleitoral. Os preços estão baratos, mas a volatilidade exige sangue nas veias para aguentar essa movimentação”, afirma o economista.

CÂMBIO
A disputa eleitoral também influenciou o mercado cambial nesta segunda-feira. Em um dia de apreciação das principais moedas emergentes perante o dólar, o real conseguiu liderar a relação das divisas com maior alta ante a moeda americana.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2.000 contratos para 1º de junho e 2.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,7 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8.000 contratos de swap para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 18% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

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