A Universidade de São Paulo (USP) voltou a liderar o ranking das melhores universidades da América Latina publicado pela Quacquarelli Symonds (QS), renomada empresa britânica especializada em avaliação educacional, após ter perdido a liderança em 2014 para a Pontificia Universidad Católica de Chile (UC).
Na lista deste ano, o segundo lugar ficou com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e há outras três instituições brasileiras no top 10 do QS: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), que ficou em 5º lugar, a Unesp ficou em 8º e a Universidade de Brasília (UnB) ficou em 10º.
Como em anos anteriores, o Brasil continua a dominar o ranking, com 17 instituições entre as 50 melhores. Um comunicado da QS ressaltou o desempenho “particularmente impressionante” da Universidade de Brasília, que saltou sete posições no ranking deste ano.
O avanço da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Federal de Santa Catarina também foram destacados. Ambas ganharam 17 posições e saltaram das posições 40º e 41º, para 23º e 24º, respectivamente.
Produtividade
O instituto também deu destaque para o fato de nove entre as 10 melhores instituições no quesito produtividade, ou seja, estudos publicados.
No entanto, o Brasil teve um desempenho inexpressivo no que concerne o impacto dessas investigações, que diz respeito ao número de vezes que esses estudos foram citados por outros papers.
“As universidade do México, Argentina e Colômbia se destacam em certas áreas, mas seguem atrasadas na tarefa de conseguir uma consistência no desempenho geral, como as instituições do Brasil e do Chile”, afirma Ben Sowler, diretor de pesquisas da QS.
“O alto número de estudantes por professor é um problema para várias instituições educacionais públicas da região.”
De fato, as universidades que lideram o ranking geral da QS (divulgado no ano passado) têm bem menos alunos do que as brasileiras.
Os primeiros lugares do ranking mundial são ocupados por, respectivamente, MIT (com 11 mil alunos), Cambridge (18 mil), Imperial College (14 mil), Harvard (21 mil), Oxford (22 mil), enquanto a USP tem mais de 90 mil estudantes.
Realizado desde 2011, o ranking leva em consideração indicadores como produtividade, impacto dos estudos, presença online, proporção de professores com PhD e reputação acadêmica e dos funcionários.