A judoca Rafaela Silva concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 20, após ser flagrada em exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, em agosto. A atleta alegou inocência e disse que pode ter testado positivo por causa do contato com um bebê.
“Nenhum atleta se prepara para um momento como esse. Estou aqui para dar a minha cara a tapa. Fiz os testes, estou limpa. É continuar treinando, competindo e provar minha inocência. Não tenho nada a esconder. Não tomo remédio, bebida alcoólica. Sempre tive cuidado, não pego garrafa de ninguém. Sempre tive muito cuidado”, afirmou.
Rafaela testou positivo para o uso da substância proibida fenoterol, que tem efeito broncodilatador. Segundo a atleta, a contaminação pode ter acontecido pelo contato com Lara, de apenas 7 meses, filha da também judoca Flávia Rodrigues, que usa medicação para tratamento contra a asma.
“Eu não faço uso dessa substância, não tenho asma, não tenho nada. Quando fiquei sabendo dessa notícia, fiquei pensando todos os dias o que eu tinha feito, o que podia ter acontecido. A única pessoa que fez uso dessa substância foi a Lara, que treina no Instituto Reação. Eu tenho mania de dar meu nariz para a criança chupar. Conforme ela vai chupando meu nariz, eu vou inalando as substâncias que ela manda para o meu corpo”, explicou.
Apesar do resultado positivo, Rafaela Silva ainda não está suspensa. Ela seguirá treinando e competindo normalmente até o caso ser julgado pela Federação Internacional de Judô.