Cumprindo liberdade condicional, após pagar fiança, Rafael Ilha explicou o motivo pelo qual foi preso em Foz do Iguaçu e acusado por tráfico internacional de armas, durante o “Agora É Tarde”, da Band, na última terça-feira (5).
O ex-Polegar reforçou a versão apresentada por seus advogados, garantindo que não sabia que a esposa, Aline, estava portando uma arma. “Fui [ao Paraguai] para pesquisar e comprar itens para uma loja que vou abrir com a minha esposa”, disse.
“Vi essa arma, olhei, peguei e gostei. Na saída da loja, vi de novo, gostei e fui embora. Mas em 2005 eu tive um problema com porte de armas e não queria mais”, acrescentou ele, dizendo que só soube da surpresa da amada na fronteira do país.
Ele garantiu que explicou os riscos de tentar passar pela Receita Federal com o item, mas Aline estava segura. “Ela disse que foi orientada a não raspar a numeração, não montar e nem disparar antes de passarmos”, contou.
Com receio de encontrar problemas, Rafael sugeriu que eles negociassem a devolução da espingarda – comprada como presente para a prática de tiros em um sítio do ex-cantor -, mas que arriscaram.
O casal foi parado pela fiscalização e a moça tentou voltar ao Paraguai. Eles acabaram presos. “Nós esperamos que eles não voltem [à prisão]”, disse o advogado José Beraldo, que acompanhou a entrevista no palco.
Ainda durante a conversa, Ilha relembrou as fases complicadas de sua vida, principalmente quando deixou o sucesso com o grupo Polegar por causa de sua dependência de crack – ele chegou a morar na rua.
Rafael revelou que chegou a fumar de 60 a 70 pedras da droga por dia e que foi internado em hospitais psiquiátricos, onde foi tratado com camisa de força e choque.
No entanto, ele fez questão de garantir que sua recente passagem pela prisão não tem relação com os problemas que enfrentou no passado.