No início da pandemia de Covid-19, em março do ano passado, o apresentador de rádio conservador Dennis Prager disse que não se importava ao comer com utensílios que haviam caído no chão. Recentemente, depois que o coronavírus matou mais de 700 mil americanos, Prager revelou que estava em campanha para ser infectado, abrançando estranhos.
Na última segunda-feira (18/10), o apresentador americano de 73 anos, baseado em Los Angeles (Califórnia, EUA), disse aos ouvintes que o seu plano finalmente deu certo. Prager disse que testou positivo para o coronavírus na semana passada, contou o site “Chron.”.
“Eu interagi com estranhos, constantemente os abraçando, tirando fotos com eles, sabendo que estava me tornando muito suscetível a pegar Covid”, disse ele. “O que era, de fato, tão bizarro quanto parece, o que eu queria, na esperança de conseguir imunidade natural”, acrescentou o idoso.
Ao contrário dos estudos e recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Prager disse ao seu público que a imunidade natural era mais eficaz do que tomar a vacina, alegando que a infecção era “o que eu esperava o tempo todo”.
O CDC recomenda que as pessoas sejam vacinadas mesmo depois de contrair o coronavírus. Especialistas apontam um estudo de agosto que mostrou que pessoas não vacinadas que já haviam tido Covid-19 tinham duas vezes mais chances de serem reinfectadas do que aquelas que foram totalmente vacinadas após contrair o coronavírus.
Prager listou um coquetel de medicamentos, muitos dos quais não foram aprovados pela Food and Drug Administration. Desde que contraiu o vírus, disse ele, ele também recebeu anticorpos monoclonais, um tratamento com o selo de aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sugla em inglês).