Ao apresentar a denúncia por peculato e lavagem de dinheiro contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o Ministério Público do Rio de Janeiro também pediu à Justiça para aprofundar a investigação e identificar possíveis novos núcleos e integrantes da suposta organização criminosa.
O MP afirma que o então deputado estadual Flávio Bolsonaro chefiava a quadrilha.
O procurador Ricardo Martins, autor da acusação contra o hoje senador, pediu, na denúncia, ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro “autorização para compartilhamento de todos os elementos de prova coletados” para serem usados em outros casos, como forma de abrir novos braços da investigação.
A força-tarefa apurou até agora um desvio de cerca de R$ 6 milhões do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo o argumento do procurador, há dois focos de atuação e análise de ramificações da suposta organização criminosa.
O primeiro é encontrar “envolvidos em eventuais crimes de lavagem de dinheiro praticados nas operações de aquisição da loja Kopenhagen”, no Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
O MP quer aprofundar a apuração sobre fraudes “na operação da sociedade Bolsotini Chocolates e Café LTDA”. Segundo a denúncia, Flávio Bolsonaro usou a empresa Bolsotini para, ao lado do sócio Alexandre Ferreira Dias Santini, comprar a franquia da loja de chocolate.
Pelo menos outras três unidades da mesma franquia pertencem a pessoas do entorno de Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, que seria o arrecadador de parte dos salários dos servidores do gabinete da Alerj, segundo a denúncia.