sexta, 8 de novembro de 2024
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Queimada destrói área ao lado da Ceagesp

Uma queimada destruiu na manhã de hoje uma área de aproximadamente cinco alqueires na Fazenda Birolli. O fogo espalhou-se rapidamente numa área a cana já havia sido colhida. A palha…

Uma queimada destruiu na manhã de hoje uma área de aproximadamente cinco alqueires na Fazenda Birolli. O fogo espalhou-se rapidamente numa área a cana já havia sido colhida.

A palha facilitou a propagação do fogo que consumiu rapidamente a extensa área. Caminhões pipas das usinas da região atuaram rapidamente para evitar que o fogo atingisse área de pastagens e reserva natural próxima.

A área queimada fica ao lado da Ceagesp, na estrada que dá acesso ao bairro rural do Coqueiro. O fogo chegou a atingir trecho da ferrovia da América Latina Logística. Pela direção do vento (norte-sul), o fogo iniciou próximo a ferrovia e levou o fogo para a área do antigo canavial. Segundo um funcionário, a área da ferrovia é ponto de encontro de viciados em droga.

Pior estiagem eleva queimadas em 185%

O efeito da pior estiagem já registrada em Fernandópolis nos últimos cinco anos já pode ser dimensionado nos números de atendimentos do Corpo de Bombeiros de Fernandópolis. O salto foi de 185% na média mensal de ocorrências este ano em comparação com o ano passado.

Segundo números do Corpo de Bombeiros, no ano passado, foram registradas 93 ocorrências de incêndio em vegetação cultivada e vegetação natural, média de 7,7 por mês. Este ano, nos primeiros seis meses do ano, o número ocorrências chega a 132 casos, média de 22 ocorrências por mês.

Os números são relativos a ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Em 2013, foram 11 casos de incêndio em vegetação cultivada e 82 ocorrências em vegetação natural. Este ano, de janeiro a junho, foram registradas 51 em vegetação cultivada e 81 ocorrências de incêndio em vegetação natural.

A falta de chuvas, que causou longo período de estiagem, principalmente em meses incomuns como janeiro e fevereiro, e a ação humana são os principais responsáveis pelo aumento das queimadas. Os principais pontos de incêndio registrados pelos Bombeiros foram terrenos baldios, pastagens, margens de rodovias.

Este ano a temporada de queimadas começou mais cedo, já que o ano foi menos chuvoso. Em fevereiro, o Corpo de Bombeiros registrou uma queimada de grande proporção numa área de 5 mil metros quadrados à margem do Ribeirão Santa Rita, no bairro Antônia Franco. Os focos de queimadas aumentaram nos últimos meses. Nesta semana, bairros da região norte amanheceram cobertos por fagulha de queimadas, o que se chama de “chuva negra”.

Apesar de legislação (lei municipal 3.981/12) que prevê multa de até R$ 2 mil para autores de queimadas, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente reconhece a dificuldade do flagrante e identificação de quem cometeu o ato para aplicação da sanção.

Mas, foi um flagrante que levou a Polícia Ambiental de Fernandópolis a prender um homem que ateava fogo em diversos pontos em áreas de plantio de cana. O gerente da Alcoete, Nevaildo Cavalcanti revelou em junho, quando ocorreu a prisão, que já havia desconfiança de queimadas criminosas o que levou a detenção de um rapaz de 23 anos.

Segundo o capitão Mário Siconeli da Polícia Ambiental, o flagrante do crime de incêndio tem pena prevista de reclusão, de três a seis anos, e multa. “Diariamente os policias monitoram os focos de queimadas através dos satélites disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para que equipes façam as fiscalizações em campo nos locais plotados pelos satélites. Durante o período de estiagem a Polícia Ambiental está intensificando a fiscalização com vistas às infrações ambientais relacionadas às queimadas”, diz Siconeli.

Este ano até 17 de julho, a Polícia Ambiental atendeu uma ocorrência de fogo, que atingiu uma pequena área de 1,3 hectares, situação em que houve flagrância do ato criminoso. Contudo, em 2013, a Policia Ambiental atendeu 25 ocorrências de queimadas na área rural do município de Fernandópolis, totalizando uma área atingida de 150,56 hectares, sendo que a grande maioria das queimadas ocorreu em áreas de pastagens, culturas de cana de açúcar e para eliminação de restos de culturas de laranja e limão.

Jornal Tá Na Mão

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