A vida real está cada vez mais fugindo do nosso controle. Nos últimos tempos, temos nos acostumado em ver e ouvir tantas tragédias que, quando parece que nada mais vai nos surpreender, somos surpreendidos novamente.
O ultimo episódio de tragicidade desmedida foi o atropelamento do ciclista numa destas madrugadas da vida.
O enredo é bem conhecido: jovem de família rica voltando da balada atropela jovem de família pobre que ia trabalhar.
Embora as últimas informações digam que o ciclista estaria andando na contramão quando foi atingido e que o motorista não estaria embriagado, embora o exame tivesse sido feito mais de seis horas após o acidente, e sem querer fazer juízo de valor sobre se alguém está certo ou não, esta não foi a pior parte.
De um modo macabro, o motorista continuou seu trajeto e vendo que havia decepado o braço do ciclista, jogou o membro num dos rios que corta a capital paulista. Cá com os meus botões, eu me pergunto: mas o que é isso? Que mundo é esse em que as barbaridades vão se avolumando aqui e ali, banalizando até mesmo a violência?
Já não basta viver reclamando que a vida é difícil, ainda temos que conviver com esse tipo de situação? Isso sim é difícil. Atitudes como a adotada pelo jovem motorista mostram quão triste é viver num mundo assim.
Felizmente, ainda há esperança, porque existem pessoas que se lembram de elevar seus pensamentos numa prece pelos que estão perdidos em suas caminhadas, orando por um mundo melhor e onde todos tenhamos como objetivo viver em paz.
“Que mundo é esse que ninguém entende um sonho? Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?”, diria Chorão, ele que também se foi tragicamente, deixando um legado de belas canções e um exemplo de como não devemos conduzir nossas vidas. Que Deus nos acuda, enquanto ainda há tempo!
