A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga o caso de pedofilia e atentado violento ao pudor registrado no dia 14 de dezembro e hoje ouvirá mais quatro crianças. Com exclusividade, o Notícia da Manhã noticiou a matéria na edição do dia 16 de dezembro.
Ontem, a delegada Rosana da Silva Vanni, disse que o B.O. foi registrado porque o suspeito J. B. N. M., 46 anos, havia tirado fotos do rosto de um menino e uma menina. Na ocasião, as crianças comentaram com as mães que estranharam a atitude de J. e o procuraram em sua residência.
No local, as mães observaram que havia material pornográfico, como fitas e fotos.
Durante as investigações na DDM, cinco crianças, das quais quatro meninos e uma menina, entre seis e 12 anos, afirmaram que se deslocavam até a casa do averiguado para consertar as bicicletas, jogar vídeo game, ganhar ‘pipa’ para brincar, balas e dinheiro. “As crianças afirmaram que em um quartinho dos fundos do imóvel J. tentava abaixar os shorts dos meninos. E com um dos menores o suspeito praticou sexo oral, o que resultou até em lesão no pênis da criança, além de tentar fazer coito anal, porém o menino não permitiu”, explicou a delegada.
Com as meninas, não foi constatado até o momento nenhum ato libidinoso porque o suspeito apenas passava as mãos na cabeça e nas costas. Tudo indica que J. não se interessa por meninas ou mulheres. “Muitas fotos encontradas na residência do averiguado mostra meninos sem roupa em um local ermo. Em uma máquina fotográfica apreendida na casa de J., foram encontradas fotos de vários meninos com e sem roupa e alguns tomando banho”, disse a autoridade.
A investigação apresenta elementos que afirmam que o averiguado praticou ato libidinoso. “Além das crianças já ouvidas, hoje vou ouvir mais quatro menores. Em uma das declarações já registradas, eles afirmam que um dia o suspeito, sem roupas, dançou para as crianças em uma sala”, informou Rosana. Há registros que, no Estado de Pernambuco, o suspeito também praticou crime de atentado violento ao pudor.
A delegada afirmou que apura o caso com rapidez para que, o mais breve possível, seja solicitada a prisão preventiva do rapaz.
“O suspeito está enquadrado no crime de pedofilia, ou seja, expor crianças em fotos e fitas pornográficas, além do atentado violento ao pudor”, finalizou a delegada.