48% dos estudantes e 19% dos professores da rede pública do estado de São Paulo sofreram algum tipo de violência nas dependências das escolas que frequentam, segundo pesquisa feita pelo Instituto locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O levantamento foi feito em janeiro deste ano e também revela que apenas quatro em cada dez estudantes da educação pública estão em escolas que oferecem apoio emocional.
Mais da metade das famílias acredita que o principal problema é a falta de profissionais qualificados para resolver questões de saúde mental.
Conforme revelado pelo g1, as escolas estaduais de São Paulo estão sem atendimento psicológico há pelo menos um mês, após suspensão de programa.
Os dados fazem parte do estudo “Ouvindo a comunidade escolar: desafios e demandas da Educação Pública do Estado de São Paulo”.
O tema voltou a ser ter destaque após a tragédia na Escola Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo.
Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados dentro da sala de aula, na hora da chamada. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da USP. Ela foi enterrada nesta terça (28) sob aplausos e forte emoção.
O agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano na escola, foi desarmado por professoras, apreendido por policiais e levado para o 34° DP.
Na terça (28), a Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público para que o adolescente autor do ataque seja internado provisoriamente em uma unidade da Fundação CASA.
Ele pode ficar internado provisoriamente por, no máximo, 45 dias, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Após sentença, o jovem poderá cumprir medida socioeducativa de até 3 anos.