

Novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (10) pelo IBGE, revelam a intensa dependência do transporte individual em Fernandópolis, além de acentuadas desigualdades de renda na cidade.

O levantamento detalhado sobre a dinâmica de trabalho mostra que a forma como a população se desloca está intimamente ligada à frota local de veículos. Quase 7 em cada 10 pessoas (70%) utilizam carro ou moto para chegar ao trabalho, enquanto apenas 6,3% dependem do transporte público. A cidade possui uma frota de 31,4 mil carros e 18,3 mil motos.
Motos e Carros Dominam o Deslocamento
O automóvel é o principal meio de transporte para 43% dos trabalhadores, seguido pela motocicleta, usada por 28%, evidenciando a busca por alternativas ágeis e econômicas.
Ainda assim, o Censo indica que 15% dos trabalhadores caminham até o local de trabalho, o que pode refletir a proximidade da residência ou, em outros casos, a limitação de acesso a meios de transporte. Outros 4,9% usam bicicleta, e 2,7% utilizam outros meios.
Desigualdade de Renda entre Gêneros
Os dados do IBGE também trouxeram à tona a disparidade salarial no mercado de trabalho fernandopolense:
- A renda média mensal dos trabalhadores é de R$ 2.849,16.
- Os homens recebem, em média, R$ 3.221,70.
- As mulheres ganham, em média, R$ 2.381,64 — uma diferença de quase 26%.
A renda domiciliar per capita na cidade é de R$ 1.854,00, com o trabalho contribuindo com 74% do rendimento total das famílias.
Em relação ao vínculo empregatício, a maioria atua no setor privado (50,7%), mas o trabalho por conta própria tem forte representatividade, abrangendo 26% da população ocupada.
Os dados do Censo 2022 fornecem indicadores cruciais que podem auxiliar na orientação de futuras políticas públicas, especialmente nas áreas de mobilidade urbana e combate à desigualdade de rendimentos.













