Máfias de advogados movem milhares de ações contra os bancos, usando documentos falsos e fraudes.
Num dos golpes, eles pedem na Justiça a devolução de perdas inflacionárias nos planos econômicos das décadas de 80 e 90. Em outro, oferecem limpar o nome de quem está na lista negra do Serasa ou SPC. Depois entram com pedidos de indenização.
Em muitas dessas ações, a Justiça chegou a condenar os bancos e os advogados desonestos embolsaram o dinheiro, sem que o cliente sequer soubesse que estava naquela briga.
Os espertalhões usam o artifício de entrar com centenas de ações numa única vara judicial.
O prazo para os bancos apresentarem extratos e documentos de 20 anos atrás é curto e nem sempre a equipe jurídica consegue dar a resposta na data.
Se um juiz recusa um pedido, os advogados desonestos vão para outra cidade e entram com o mesmo tipo de processo, sem que as pessoas citadas nem morem por ali.
Uma aposentada de Brasília descobriu, na internet, que o nome do pai dela, morto há 17 anos, fazia parte de um desses processos fraudulentos, que, diz ela, iria manchar o nome de um homem extremamente honesto.