Um grupo de criminosos alugou um apartamento em Moema, na Zona Sul de São Paulo, no mesmo prédio e de um ex-diretor do clube de futebol Corinthians para conseguir furtar o imóvel do dirigente. A quadrilha pagou R$ 18 mil em parcela única.
Os bandidos levaram R$ 140 mil, mais US$ 15 mil (R$ 75 mil, na atual cotação) e 10 mil euros (cotado em R$ 55 mil), além de 20 relógios, canetas de luxo, outras joias e passaportes.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu a mulher responsável pelo aluguel e encontrou com ela R$ 2,8 mil.
Segundo a investigação, articulação do grupo começou no fim de março e o roubo foi feito no início de abril. Uma mulher agendou visita em três apartamentos no mesmo prédio e, com nome falso, fechou contrato com calção de R$ 18 mil por um deles no 8º andar do imóvel.
Foram ao todo quatro visitas: uma para visitar as unidades, uma para fechar o contrato e levar o valor pré-determinado, outra para um instalador de cortinas visitar o apartamento alugado e a quarta e última, com mais dois comparsas, para realizar o roubo no apartamento do ex-dirigente, que fica no 13º andar do prédio.
Em 8 de abril, a mulher chegou em um veículo com outros dois homens e foram direto para o imóvel do ex-dirigente corintiano. A ação durou uma hora e levaram os pertences em uma mala de viagem.
Segundo relato da vítima, não havia sinais de arrombamento na porta social do apartamento, usada pelo grupo para invadir e furtar o local.
A Polícia usou imagens de câmeras de segurança para identificar a verdadeira identidade da mulher. Após encontrá-la, três testemunhas a reconheceram como a pessoa responsável por alugar o apartamento dias antes do crime.
A suspeita teve prisão decretada pela Justiça e responderá por três crimes: furto qualificado, falsificação de documento e associação criminosa. Os outros dois homens ligados ao furto ainda não foram identificados pela Polícia.
Para o advogado Reinalds Klemps, que representa a mulher presa, ela foi usada como “uma peça descartável na empreitada e foi aliciada por terceiros diante de sua vulnerabilidade financeira” e que quem de fato orquestrou e praticou o crime está solto.
“É uma jovem primária e com bons antecedentes ou seja, jamais foi processada ou julgada anteriormente aos fatos. Entendemos que a sua prisão e desproporcional e fere o princípio da presunção da inocência”, afirma. Segundo ele, a defesa busca a sua liberdade.
O g1 questionou a SSP (Secretaria da Segurança Pública), comandada pelo secretário Guilherme Derrite neste governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e aguarda posicionamento.