terça-feira, 24 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

PT identifica rede articulada de criação de fake news com 34 perfis

A campanha do PT entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o Twitter cumpra o termo de cooperação firmado com a Corte para coibir mentiras durante…

A campanha do PT entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o Twitter cumpra o termo de cooperação firmado com a Corte para coibir mentiras durante a corrida presidencial de 2002. O partido identificou uma rede de 34 perfis – figuras públicas, perfis noticiosos e até anônimos – responsáveis pelo o que identifica como “guerra cultural”.

“É possível perceber uma unicidade quanto aos temas e quanto aos usuários que publicam reiteradamente fake news, criando uma verdadeira guerra cultural que polariza o cenário eleitoral entre o alegado bem contra o mal”, afirma a campanha de Lula na representação.

O advogado Zanin Martins diz que a luta é desigual e que só o Twitter teria ferramentas para enfrentar o problema. Por dia, o jurídico da campanha de Lula entra com uma média de cinco representações contra fake news no TSE. Na visão de Zanin, seria um trabalho artesanal contra uma máquina azeitada de disparos de mentiras.

“Eles não se inibem com as decisões do TSE. Só a plataforma teria capacidade técnica de enfrentar essa rede de desinformação”, conclui Zanin.

A rede identificada pelo PT inclui os seguintes perfis:

Carlos Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (2 perfis)
Paulo Martins
Nikolas Ferreira
Otávio Fakoury
Carla Zambelli
Ricardo Salles
André Porciúncula
Delegado Ramagem
Bárbara Te Atualizei
Kim Paim
Elisa Brom
Paula Marisa (2 perfis)
Sarita Coelho
Monica Machado
Alexandre Padrão
Dama de Ferro
Patriota
Emerson Grigollete
Dom Lancelotti
Rodrigo Constantino
Silvo Navarro
Marcelo de Carvalho
Revista Oeste
Gazeta Brasil
Jornal da Cidade
Roberto Motta
Texugo Wink
Alê Pavanelli
Família Direita Brasil
Brasil Paralelo

Os 27 temas explorados pelos perfis são os mesmos e vão desde fake news recicladas – como “kit gay”, fechamento de igrejas e uma suposta foto de Lula com Suzane Von Richthofen – a temas novos, como o falso anúncio de Lula vai acabar com o agronegócio, e com 13º salário e férias dos trabalhadores.

Como este blog já noticiou, o surgimento destes temas não acontece por geração espontânea. Analistas das redes sociais da extrema-direita identificaram que o bolsonarismo recicla e customiza os temas que são explorados internacionalmente, como a perseguição a religiosos na Nicarágua.

Notícias relacionadas