A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse estar “preocupada” com a demora do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para começar a investigar as informações de que empresários compraram pacotes de disparo de mensagens contra o partido por WhatsApp.
O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo nesta quinta (18). A prática é ilegal porque empresas estão proibidas de doar para campanhas e os pagamentos não foram declarados.
Gleisi se reuniu na tarde desta sexta (19) com a presidente do TSE, ministra Rosa Weber. A senadora disse que pediu a Rosa para manter o plenário da corte em condições de se reunir com celeridade nestes dias que antecedem o segundo turno, para tomar decisões que sejam urgentes, mas não teve uma resposta da ministra.
Segundo Gleisi, Rosa disse apenas que deve sair nesta sexta alguma decisão sobre os pedidos de medidas cautelares, como buscas e apreensões, feitos pelo PT na quinta. O relator da ação ajuizada pelo PT contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) é o ministro do TSE Jorge Mussi.
“Saio muito preocupada da reunião que nós tivemos sobre as condições do TSE de enfrentar essa nova situação pela qual está passando o processo eleitoral, ou seja, a fabricação de notícias falsas e a disseminação no submundo da internet”, disse Gleisi.
“Ontem ingressamos com ação, inclusive com pedido de medidas cautelares para produção de provas, e até agora nós não tivemos decisão do tribunal. Inclusive, a petição se tornou pública, o que pode levar à destruição de provas. O tribunal vai tratar o processo legal como se numa normalidade estivéssemos, então, isso me preocupa muito”, afirmou. Com informações da Folhapress.