O PSDB foi o grande vencedor das eleições do último domingo e sai das urnas ainda mais hegemônico na região de Rio Preto. Se hoje os tucanos comandam 22 prefeituras no Noroeste paulista, mesmo número do PMDB, a partir de 2013 passarão a gerenciar 28, contra apenas 15 dos peemedebistas, sigla que mais se desidratou e perdeu municípios na região.
O crescimento dos tucanos não se restringe a cidades pequenas. O partido passa a comandar diretamente três das quatro maiores cidades da região: Catanduva, com Geraldo Vinholi, Barretos, com Guilherme Ávila, e Votuporanga, com Júnior Marão. Além disso, em Rio Preto a sigla elegeu a vice-prefeita, Ivani Vaz de Lima, e em Jales o vice-prefeito, Pedro Callado. Também manteve o controle de Santa Fé do Sul, com a eleição do tucano Armando Garcia a prefeito.
Para o coordenador regional do PSDB, Luiz Henrique Coca Prado, o partido está enraizado na região, que, segundo ele, aprova o governo tucano de Geraldo Alckmin. “A população daqui aprecia o jeito do partido governar. O resultado das urnas comprova essa tendência”, afirma.
Na contramão, o PMDB minguou para apenas sete prefeituras. Perdeu Catanduva, com a saída de Afonso Macchione, e José Bonifácio, onde o atual prefeito, Pedro Brandão dos Reis, não conseguiu se reeleger. O deputado federal Edinho Araújo (PMDB) minimizou a redução de prefeituras controladas pelo partido na região. “No Estado, passamos de 68 para 88 prefeitos, e elegemos quase 700 vereadores”, afirma.
Também perderam prefeituras o PTB (de 17 para 11), e o DEM (de 16 para 13), o partido que mais havia crescido no pleito de 2008, quando elegeu 20 prefeitos. Em contrapartida, o PSD, dissidência do DEM, passou de dois prefeitos hoje para seis a partir de 2013, incluindo Fernandópolis, com Ana Bim, e Nova Granada, com Ana Célia Salvador.
Os petebistas argumentam que a queda se deve a uma reestruturação interna no partido, que vem ocorrendo desde 2010. “Foram muitas trocas de diretórios municipais, que podem ter interferido nestas eleições”, diz o presidente da sigla em Rio Preto, Alexandre Costa.
Segundo ele, o partido espera crescer na próxima disputa municipal, em 2016. O PR também perdeu quatro prefeituras, enquanto o PSB do prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes, passa de oito para seis prefeitos eleitos.