O diretório municipal do PSDB aguarda o aval da Executiva nacional do partido para decidir se os seus integrantes irão ingressar na Justiça para reaver os cargos de vereador que perderam com a troca de partido dos eleitos pelo PSDB, num gesto de infidelidade partidária.
Segundo explicou o presidente da sigla em Catanduva, Renato Ramires, o procedimento da Executiva foi o mesmo para todos os municípios onde a legenda está representada.
“O partido pediu para que aguardemos a determinação deles para entrar na Justiça”, declarou.
Questionado a respeito dos motivos pelos quais a Executiva solicitou esse recuo, Ramires respondeu que, pelas informações que tem recebido a Executiva pretende que todas as cidades ingressem na Justiça de uma só vez.
O líder do partido do governo em Catanduva posiciona-se contrário ao retorno dos parlamentares que deixaram o partido. Assim como os diretórios que solicitaram que o suplente assuma o cargo declarado vago por infidelidade partidário, o peessedebista espera que isso ocorra em Catanduva.
Ramires reafirma o que já havia declarado ao Notícia da Manhã que, em sua opinião pessoal, o mandato deve pertencer ao vereador e não ao partido. “Nada impede que um vereador seja bom estando em outro partido. O que eu acho que vem em primeiro plano é a qualidade do trabalho desenvolvido”, conclui.
Democrata 25
O presidente do Democrata 25, antigo PFL, de Catanduva, Carlos Eduardo de Oliveira Santos declarou que também aguarda uma posição da Executiva Nacional no sentido de solicitar ou não o mandato do vereador Donizetti Menino eleito pelo partido que hoje atua no PSDB.
TSE
A polêmica em torno da titularidade dos mandatos de vereador, deputado estadual e deputado federal teve início com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que os mandatos pertencem ao partidos ou coligações que os elegeram e não às pessoas eleitas. A interpretação do TSE poderá atingir nove vereadores de Catanduva que mudaram de partido. São eles: Nílton Cândido deixou o PSDB e ingressou no PTB, o médico Renato Frati também foi eleito pelo PSDB e hoje está filiado ao PSB, Waldecyr Bertelli também trocou o partido pelo PV. Do PT saíram Marcos Crippa, Marquinhos Ferreira e Sérgio de Almeida que ingressaram, respectivamente, no PTB, PMDB e PV.
Os outros três partidos que ficaram sem representação por causa das mudanças de partido foram o PFL que perdeu Donizette Menino para o PSDB, o PTB deixado por Daniel Palmeira que foi para o PV e o PP que perdeu Luís Pereira para o PSDB.
Nélson Lopes Martins (PP) e Vanir Martinho Brás (PSDB) foram os únicos que não trocaram de partido nesta legislatura.
