sexta, 22 de novembro de 2024
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Promotor descarta possível envolvimento do PCC com o Corinthians

Uma investigação do Gaeco, órgão ligado ao Ministério Público de São Paulo, levantou suspeitas sobre o envolvimento do PCC na intermediação de jogadores de futebol, incluindo ex-atletas do Corinthians. Apesar…

Uma investigação do Gaeco, órgão ligado ao Ministério Público de São Paulo, levantou suspeitas sobre o envolvimento do PCC na intermediação de jogadores de futebol, incluindo ex-atletas do Corinthians. Apesar dessas alegações, o promotor Lincoln Gakiya afirmou que “não há nenhum indício de envolvimento do PCC com o Sport Clube Corinthians Paulista ou qualquer outro time de futebol brasileiro”.

Gakiya destacou que, embora alguns veículos de comunicação tenham sugerido o contrário, não há evidências concretas no inquérito que indiquem qualquer ligação entre a organização criminosa e o Corinthians. O promotor enfatizou que o foco das investigações permanece na análise das transações financeiras relacionadas aos jogadores.

A facção criminosa PCC, segundo Gakiya, proibiu em 2017 seus membros de se envolverem com torcidas organizadas de futebol, após rumores sobre o assassinato de Moacir Bianchi, ex-presidente da Mancha Verde. Em 2023, o PCC também teria emitido outra ordem interna, impedindo a participação de seus integrantes em brigas de torcidas.

O Gaeco investiga a possível utilização de recursos provenientes do tráfico de drogas para financiar a contratação de jogadores. Uma delação de março deste ano sugeriu que Rafael Maeda Pires, conhecido como Japa, estava envolvido na negociação de atletas como Du Queiroz e Igor Formiga, ex-jogadores do Corinthians, em 2021.

A polícia encontrou mensagens de WhatsApp indicando que Japa e seu grupo mantinham contato direto com dirigentes do Corinthians. No entanto, o clube expressou surpresa com a possível ligação entre atletas e membros do crime organizado, afirmando que tais contratos ocorreram antes da gestão atual.

Rafael Maeda Pires foi encontrado morto em maio de 2023. A polícia investiga se ele foi forçado a se matar por ordem do “tribunal do crime” do PCC. Há também a possibilidade de que ele tenha sido assassinado, o que está sendo apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na sexta-feira (16), o DHPP e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão em 13 endereços relacionados à morte de Japa. Na ocasião, foram apreendidos armas, barras de ouro e celulares, dando continuidade às investigações sobre o possível envolvimento do PCC com a contratação de jogadores.

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