Rogério Zagallo, promotor do Ministério Público de São Paulo, estava passeando pelo Facebook quando viu que um amigo advogado postou uma notícia sobre Encarnação das Graças Salgado, desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas que chegou a ser afastada do cargo e está sendo investigada por envolvimento com a facção responsável pelo massacre de 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus.
O comentário do promotor no post do amigo? Fala por si: “Pela carinha, quando for demitida poderá fazer faxina em casa. Pago R$ 50,00”. Depois de divulgado, o absurdo indesculpável ganhou uma desculpa, em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo. “Quis apenas consignar que ela (a magistrada) deve ser demitida, ante a gravidade da acusação que contra ela pesa”, afirmou. Aham.
Rogério Zagallo já havia sido suspenso em 2014 por declarações polêmicas nas redes sociais. Na ocasião, ele escreveu: “Estou há duas horas tentando voltar para casa, mas tem um bando de bugios [espécie de primata] revoltados parando a Faria Lima e a Marginal Pinheiros. Por favor alguém pode avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial.”
Sobre o novo comentário, ainda de acordo com a Folha, o Ministério Público afirmou em nota que não vai se posicionar.