domingo, 22 de dezembro de 2024
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Profissionais moram em hospital para reduzir risco de contágio

Para evitar a disseminação do novo coronavírus no transporte coletivo e a contaminação dos profissionais da saúde, um hospital da zona sul de São Paulo decidiu colocar 40% dos funcionários…

Para evitar a disseminação do novo coronavírus no transporte coletivo e a contaminação dos profissionais da saúde, um hospital da zona sul de São Paulo decidiu colocar 40% dos funcionários para cumprir quarentena dentro da própria unidade.

Cerca de oitenta trabalhadores entre médicos, enfermeiros, auxiliares de limpeza e atendentes deverão morar no hospital até, pelo menos, o dia 10 de maio. “Na medida que os funcionários trabalham num ambiente de risco, eles voltam para suas casas com o risco de contaminar suas famílias, então, é uma medida radical diante do drama humanitário que nós estamos constatando, e o mundo todo está aprendendo a lidar”, explicou o superintendente da instituição, Samir Salman.

Amanda, uma das enfermeiras que aceitou viver os próximos dias no hospital, é a responsável pelo serviço de controle de infecção hospitalar: “É precios ter coragem, força de vontade, dedicação, porque é um trabalho árduo nesse momento”.

Desde o início da epidemia no país, o Sindicato dos Médicos de São Paulo recebeu 104 denúncias contra hospitais; 70 delas se referem à falta de equipamentos de proteção individual.

Médicos e enfermeiros estão entre as maiores vítimas da Covid-19 no mundo. Na Itália, mais de cinco mil profissionais da saúde já foram infectados. Na Espanha, mais de quatro mil.

Nesta semana, dois dos médicos mais conhecidos de São Paulo também se contaminaram: o infectologista David Uip, que comandava o Centro de Contingência do Coronavírus no estado, e Raul Cutait, do Hospital Sírio-Libanês.

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