No intervalo de um jogo de hóquei juvenil em Sioux Falls(Dakota do Sul, EUA), na noite de sábado (11/12), US$ 5.000 (cerca de R$ 28 mil) em notas de um dólar foram jogados em um tapete no meio do gelo enquanto 10 professores locais se preparavam para retirar o máximo que pudessem.
Quando a competição começou, os professores — todos usando capacetes de hóquei — rastejaram para a pilha de dinheiro, enfiando freneticamente as notas em suas camisas enquanto uma arena de espectadores gritava e festejava até que todos os dólares fossem arrebatados.
Um clipe do evento se tornou viral no fim de semanajá tem 8 milhões de visualizações no Twitter na manhã de segunda-feira (13/12). Críticos disseram que a imagem dos professores de joelhos, lutando pelas notas, era “desumanizante” e até “distópica”, especialmente porque os professores recebem salários relativamente baixos em Dakota do Sul e em todo o país. Alguns compararam o espetáculo à popular série da Netflix “Round 6”, em que os personagens do programa competem em jogos mortais para ganhar um cofrinho gigante cheio de dinheiro.
Em uma entrevista ao “Washington Post”, o senador estadual democrata Reynold Nesiba, que representa uma parte de Sioux Falls, disse que, embora a competição provavelmente fosse bem-intencionada, acabou sendo “uma imagem terrível”.
“Os professores nunca deveriam passar por algo assim para conseguir os recursos de que precisam para atender às necessidades educacionais básicas de nossos alunos, seja aqui em Sioux Falls ou em qualquer lugar dos Estados Unidos”, disse ele.
O Sioux Falls Stampede, um time de hóquei local, hospedou o “Dash for Cash” (Correria para o Dinheiro), e o dinheiro foi doado por CU Mortgage Direct, um credor de Sioux Falls. O evento foi anunciado como uma oportunidade para os professores arrecadarem dinheiro para as necessidades de sua sala de aula, relatou a emissora KELO. As escolas tiveram que se inscrever para a competição e os professores tiveram que explicar como usariam o dinheiro que ganhariam, disse o presidente do Stampede, Jim Olander, à estação.
“Cada professor tem um motivo diferente”, disse Olander. Para alguns professores, “são iPads para a sala de aula”, enquanto para outros “são apenas equipamentos novos”.