Em assembleia realizada na tarde de hoje (24), na Praça da República, em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação, professores paulistas aprovaram um calendário de mobilização para defender reajuste salarial e outros benefícios para a categoria. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público presente à assembleia.
“A reivindicação é o salário e este é o ponto central de tudo, porque estamos já há dois anos sem nenhum reajuste salarial, e seria necessário que tivéssemos, neste momento, imediatamente, 16,6% [de reajuste] e uma mesa permanente de negociação”, disse Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Segundo ela, na reunião entre o sindicato e representantes da secretaria, ontem, o governo acenou com 0% de reajuste para os professores.
Além do reajuste salarial, os professores pedem melhores condições para os professores, especialmente na área de saúde. “Com relação à saúde dos professores, eles não podem ficar doentes. Se ficarem doentes, levam falta”, disse Bebel.
Na assembleia, os professores aprovaram também uma mobilização para o 31 de maio, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), quando haverá uma audiência pública para discutir o Plano Estadual de Educação, que deverá ser votado no dia 14 de junho. “Nele, estão implícitos o plano de financiamento e o plano de carreira, da valorização. É uma proposta global. Se tivermos isso aprovado, teremos um instrumento mais forte para fazer valer essa luta”, disse Bebel. Eles também deverão apoiar um ato, marcado para o dia 10 de junho, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo.
Depois da assembleia, os professores seguiram em caminhada da Praça da República até o Theatro Municipal, onde pretendem encerrar a manifestação. Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Estadual da Educação ainda não se pronunciou sobre a assembleia.
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil