Os professores da rede pública estadual de ensino farão uma paralisação na próxima sexta-feira. Não haverá aulas nas escolas da rede em Votuporanga, assim como em todo estado. Os professores se unirão regionalmente e irão para São Paulo, capital onde haverá a concentração para a manifestação às 13 horas na praça da Sé. A paralisação visa conseguir principalmente melhorias salariais, mas também combate outros problemas da escola como a violência. A Campanha Salarial 2007- Unificada, como o movimento vem sendo chamado tem apoio de diversos órgãos ligado ao professorado: Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação), Apampesp (Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo), Apase (Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo), Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), CPP (Centro do Professorado Paulista) e Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo).
Reivindicações
Os professores alegam que nos últimos 20 anos, a escola pública nunca esteve no centro das prioridades dos governos que passaram por São Paulo. Eles citam a violência escolar, a desvalorização dos profissionais, e a falta de infra-estrutura nas escolas como um desrespeito que atinge a classe sendo fruto de sucessivas políticas equivocadas. Eles ainda alegam que os trabalhadores da Educação estão há dois anos sem reajuste salarial e criticam a política de gratificações, bônus e abonos que segundo eles está prejudicando a carreira dos profissionais. Reivindicam ainda a data-base do funcionalismo que é no dia 1.º de março, mas que segundo os órgãos do professorado até agora o governo não acenou com qualquer proposta ou mesmo abertura para negociações. Quanto ao ambiente de trabalho, os educadores protestam por conta das salas de aula que dizem continuar superlotadas principalmente nos grandes centros. A classe acredita que só a união e mobilização poderá pressionar o Governo do Estado e reverter o atual quadro. Os trabalhadores da educação exigem reajuste salarial, respeito à data-base; piso- salarial do Dieese que era de R$1,626,56 em junho; extensão e incorporação de gratificações e bônus aos aposentados; máximo de 35 alunos por sala, dentre outros pontos.
Organização
As seis entidades do Magistério envolvidas na Campanha Salarial Unificada reuniram-se, nos últimos meses, para preparar as ações da segunda fase da Campanha. O ato público desta sexta-feira deve ser o maior já realizado para a campanha salaria. Também foi preparado material informativo da manifestação, como cartas aos pais e aos profissionais, arrolando os principais motivos do movimento, além do material de divulgação produzido, como cartazes e coletes da campanha que os profissionais estiveram vestindo já na semana anterior ao ato.