A Secretaria de Educação de Sumaré, em São Paulo, decidiu afastar por até 180 dias a professora que orientou os pais de um aluno de 12 anos, que teria sido diagnosticado com dificuldade de aprendizagem, a dar “cintadas” e “varadas” para educá-lo.
A docente, que trabalha na escola municipal José de Anchieta, na região metropolitana de Campinas, enviou um bilhete aos pais sugerindo, com erro de concordância, que “se a conversa não resolver, umas cintada vai”. No final, afirma ainda para esqueceram o que “psicólogos fajutos” dizem e partirem para as “varadas”.
A prefeitura, inicialmente, havia oferecido um afastamento por licença médica para a professora, mas mudou de posição para que o processo de sindicância pudesse ocorrer sem problemas. A direção da escola declarou que não sabia do envio do bilhete.
Segundo o pai, o filho – em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado – sofre bullying há ao menos dois anos. “A professora fala na frente dos outros alunos que ele tem problema na cabeça, que ele tem doença mental”, disse.
A Prefeitura de Sumaré informou que a professora teria encaminhado o bilhete aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora. A professora não foi dar aulas nesta semana.