segunda, 9 de junho de 2025
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Professora morre em escola durante reunião de cobrança de metas

Uma professora do Colégio Estadual Jayme Canet, em Curitiba, faleceu na sexta-feira (30) após sofrer um mal súbito durante o expediente.

Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, lecionava língua portuguesa e desmaiou enquanto estava em uma reunião com pedagogas e membros do Núcleo Regional de Educação. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), ela sofreu um infarto fulminante, recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu.

O caso está sendo investigado pela Polícia Científica, que apurará as circunstâncias da morte. Silvaneide deixa marido e uma filha.

A APP-Sindicato, entidade que representa os professores, lamentou profundamente a morte de Silvaneide, destacando o ocorrido como uma grande perda para a comunidade escolar. A organização enviou dirigentes à escola para apurar os detalhes do incidente e prestar apoio à família da professora.

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) se manifestou sobre o ocorrido, sugerindo que a pressão para cumprir metas educacionais possa ter influenciado na saúde da professora.

Em sua postagem nas redes sociais, o parlamentar protocolou um pedido de informações à Seed-PR, cobrando esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte de Silvaneide.

“Ela teve um infarto e faleceu no Colégio onde dava aula, diante da pressão que estava submetida para cumprir metas impossíveis. Vamos acompanhar o caso e, se necessário, outras medidas serão tomadas. O Governo do Estado está adoecendo nossos professores”, afirmou Chiorato.

Uma professora escreveu nas redes: “Estamos na exaustão. Condições indignas de trabalho!!! Alteraram o regime de trabalho dos pedagogos, diminuíram a Hora-atividade dos professores, aumentaram as demandas de trabalho, estabelecem metas impossíveis para darmos conta.”

“Conhecia a professora Silvaneide. Estou abaladíssima com a situação. Hoje, visitamos outras escolas da região e vi colegas trabalhando com atestado médico. Então, isso mostra a pressão e o assédio que estamos vivendo neste momento, enquanto trabalhadores da educação”, relatou a colega Veroni Salete Del Ré.

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