domingo, 22 de setembro de 2024
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Professor diz que atração sexual por criança nem sempre é imoral

Um professor, que se define como não binário, viu-se no centro de uma polêmica após afirmar que o desejo sexual por criança não é necessariamente imoral. Allyn Walker, que ensina…

Um professor, que se define como não binário, viu-se no centro de uma polêmica após afirmar que o desejo sexual por criança não é necessariamente imoral.

Allyn Walker, que ensina Sociologia e Justiça Criminal na Old Dominion University, na Virgínia (EUA), fez o polêmico comentário quando participava pela web de uma discussão sobre “pessoas atraídas por menores”, em 8 de novembro, em papo com integrantes da Prostasia Foundation, uma organização de proteção às crianças baseada em São Francisco (Califórnia, EUA).

Allyn estava discutindo o seu livro deles, “A Long Dark Shadow: Minor-Attracted People and Their Pursuit of Dignity”, (Uma longa sombra escura: pessoas atraídas por menores e sua busca pela dignidade, em tradução livre)”, quando insistiu que é importante usar essa terminologia em vez de “pedófilo” porque é menos estigmatizante.

“Muitas pessoas, quando ouvem o termo pedófilo, presumem automaticamente que significa um agressor sexual, o que não é verdade”, disse Allyn durante a entrevista, de 28 minutos. “E isso leva a muitos equívocos sobre a atração por menores.”

Walker reconheceu que o uso do termo “pessoas com atração por menores” (MAPs, na sigla em inglês) sugere a alguns que está tudo bem se sentir atraído por crianças, mas disse que rotular alguém totalmente por seus desejos sexuais não indica nada sobre sua moralidade.

“Da minha perspectiva, não há moralidade ou imoralidade ligada à atração por alguém porque ninguém pode controlar por quem se sente atraído”, comentou Allyn. “Em outras palavras, não é por quem somos atraídos que está OK ou não. É o nosso comportamento em responder a essa atração que faz ser OK ou não”, completou.

Allyn ressaltou que o abuso sexual infantil “nunca, nunca é OK”, mas que ter impulsos sexuais em relação às crianças não é necessariamente errado, desde que esses desejos carnais não sejam postos em prática.

“Temos a tendência de classificar as pessoas com essas atrações como más ou moralmente corruptas”, continuou Allyn.

Walker disse que os MAPs não ofensivos, por definição, não abusam sexualmente de crianças, tornando seu comportamento claramente distinto do dos pedófilos.

“Portanto, seus comportamentos são morais”, disse Allyn. “Mas eles ainda estão sujeitos à mesma ideia de que são pessoas más e muitas vezes internalizam isso para si próprios.”

Walker causou uma revolta e uma onda de fortes críticas nas redes sociais depois de ser compartilhado no Twitter sobre suas ideias de “normalizar” adultos que se sentem atraídos por jovens, contou o “NY Post”. O professor também divulgou uma declaração conjunta no sábado com a Old Dominion University esclarecendo os comentários:

“Quero deixar claro: o abuso sexual infantil é um crime imperdoável. Como professor assistente de Sociologia e Justiça Criminal, o objetivo da minha pesquisa é prevenir o crime.”

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