quarta, 27 de novembro de 2024
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Professor de colégio de elite é preso por pornografia com seus alunos

Um professor de teatro é acusado de ter cometido uma série de abusos sexuais na década de 1990 contra ex-alunos de uma tradicional escola de São Paulo. Carlos Veiga Filho,…

Um professor de teatro é acusado de ter cometido uma série de abusos sexuais na década de 1990 contra ex-alunos de uma tradicional escola de São Paulo. Carlos Veiga Filho, de 61 anos, foi preso em junho deste ano por estupro de vulnerável. Com informações da revista Piauí.

A prisão ocorreu após a Polícia Militar atender um chamado sobre uma briga entre vizinhos no Condomínio Doce Lar, em Hortolândia, no interior de São Paulo.

No local, os agentes encontraram o professor. Ao verificar sua identidade, descobriram que Veiga era procurado pela Justiça há dois meses.

Em abril, o docente se tornou réu por suspeita de estupro de vulnerável e de produção de pornografia infantil após as famílias de dois de seus alunos, menores de 14 anos, o denunciarem. Veiga dava aulas de história, sociologia e teatro no Colégio Libere Vivere, em Serra Negra, onde trabalhava desde 2005.

Veiga havia desaparecido de Serra Negra após vender sua casa em outubro. Segundo o promotor Gustavo Pozzebon, o profissional usava as aulas de teatro para convencer os alunos a se despirem sob o pretexto de medir a “energia vital”, fotografando-os em seguida.

“Ele dizia que ia medir a energia vital dos garotos por meio dos chakras, que eles tinham que ficar nus para que ele pudesse medir essa energia vital deles. E, nesse momento, ele tirava fotos dos garotos. Ele dizia que pela fotografia ele conseguia enxergar alguma coisa sobre a energia vital e tal. Depois, que devolveria essas fotos”, contou Pozzobon. “Muitas vezes isso acontecia também no apartamento dele. Ele convidava os meninos para ir até o apartamento dele e ele fazia a mesma coisa lá”, prosseguiu.

A notícia da prisão do professor movimentou Serra Negra e Hortolândia, com relatos de abuso sendo compartilhados nas redes sociais. Ex-alunos do Colégio Rio Branco, onde Veiga atuou entre 1990 e 2003, relataram episódios semelhantes, em que eram fotografados nus.

João Domingos, de 44 anos, mora em Londres e não pensava no professor havia anos. A vítima foi surpreendida por um vídeo que circulava entre grupos de WhatsApp de antigos colegas de escola.

Era um trecho do programa Brasil Urgente, da Band. Inicialmente, Domingos teve dificuldade em reconhecer Veiga, mas a imagem trouxe à tona memórias de 1994, quando ele tinha 14 anos e estava no primeiro ano do Ensino Médio no Colégio Rio Branco, na Unidade da Granja Vianna.

“Meu cérebro não absorveu nada”, relatou. “E aí veio a foto dele.”

Nas fotos, Domingos parece menor do que o resto da turma com quem dividiu um chalé em um hotel fazenda. A viagem, sob a responsabilidade de Veiga, era um fim de semana de recreação.

Carlos Veiga Filho atuou na coordenadoria de alunos do Rio Branco de 1990 e 2003. Desde 1986, supervisionava o grupo de teatro estudantil – naquele ano, seu nome apareceu no anúncio da apresentação da peça Luas e Luas, encenada em 5 de setembro no auditório da unidade da Granja Vianna.

Até hoje, o Colégio Rio Branco oferece a monitoria, uma atividade extracurricular em que alunos mais velhos acompanhavam os mais novos em viagens de lazer e de estudos.

Segundo as denúncias, as vítimas tinham 12, 13 e 14 anos. Em alguns casos, ele tocava os órgãos genitais dos estudantes.

Em nota, a defesa nega que o professor tenha cometido os crimes. “Nunca cometeu nenhum crime durante sua carreira de mais de 30 anos como professor. Apenas prestou assistência aos estudantes que estavam enfrentando um momento difícil na família. Dessa forma, se declara inocente de todas as acusações”, disse o advogado Jhonatan Wilke.

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