Mais de uma centena de produtores da região de Franca e outros cem da região de São José do Rio Preto participaram, na quinta-feira, dia 27 de março, dos lançamentos regionais do Projeto Cati Leite. Os eventos têm sido realizações conjuntas da CATI e Prefeituras envolvidas e, o objetivo é promover o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira nas propriedades familiares paulistas.
Em Itirapuã, após o lançamento, houve o Dia de Campo no Sítio Recanto do Senhor. “A animação com o Projeto foi tamanha que o encontro terminou às 22 horas”, contou entusiasmado o Gerente Técnico do CATI Leite, Carlos Pagani Netto. O CATI Leite foi lançado em nível estadual no final do ano passado e, desde o dia 25 de março, estão acontecendo os lançamentos regionais. O primeiro, no dia 25 de março, foi em Irapuã, município da CATI Regional Catanduva e, o último desta semana, dia 28, em Penápolis, CATI Regional Araçatuba.
No total, cerca de 600 produtores de leite participaram, em apenas uma semana, dos lançamentos regionais promovidos pela CATI. Os encontros regionais continuarão acontecendo nas próximas semanas. O Projeto CATI Leite está sendo implantado em trinta regiões do estado de São Paulo, envolvendo aproximadamente 500 pecuaristas em unidades-piloto. Cada envolvido terá direitos e deveres para que, no final, o produtor possa gerenciar corretamente sua propriedade. O projeto terá a duração de três anos.
O eng.º agr.º Pedro César Barbosa Avelar, monitor do Projeto Cati Leite na CATI Regional Franca, afirmou que o Brasil exporta cerca de 11 milhões de quilos em leite em pó e concentrados (creme de leite e leite condensado), que geram anualmente 290 milhões de dólares. São Paulo é o quarto maior produtor de leite da Federação e Franca a segunda bacia leiteira do Estado, com um rebanho de 25 mil vacas, que produzem diariamente 200 mil litros de leite por dia. O técnico explicou que, apesar da cana-de-açúcar ocupar maior área, seguida do café e depois do leite, as duas primeiras culturas têm mão-de-obra temporária. Já o leite, como precisa de mão-de-obra diária, gera mais empregos diretos. Por esse motivo, os pequenos produtores da região normalmente têm em suas propriedades as duas culturas, é o conhecido “café com leite”.
O projeto CATI Leite começou com o nome Viabilidade Leiteira na Agricultura Paulista, uma parceria entre CATI e EMBRAPA para a capacitação dos técnicos. Essa fase encerrou no ano passado, dando lugar ao CATI Leite, que passou a ser executado diretamente pela CATI. “A maioria das propriedades paulistas têm o perfil leiteiro e, viabilizar a produção com qualidade, é uma das metas do projeto”, afirma o Gerente Técnico do CATI Leite, Carlos Pagani Netto. Os produtores que integram o projeto estão otimistas, pois já sentem melhoras na atividade e, conseqüentemente na qualidade de vida, além de gerar renda e empregos no campo. (CATI)